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Sem perceber, as empresas de
segurança podem
estar deixando
de
cobrar R$ 50 milhões
por ano dos seus clientes. |
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A cláusula 40 da Convenção Coletiva –
2006/2008, firmada entre o SESVESP-SP e a Federação dos
trabalhadores em segurança e vigilância privada,
transporte de valores, similares e afins do Estado de São
Paulo, obriga as empresas de segurança a fornecerem
inteiramente grátis o vestuário e os complementos que
equipam os vigilantes nos seus postos de serviço, como
detalhado no quadro da página seguinte.
Obviamente, as empresas compram esse material à
vista ou faturado em 30 ou 60 dias e cobram dos seus
clientes o valor total divido em tantas parcelas mensais
quantos forem os meses de vida útil esperada de cada item
e de acordo com o estudo feito pelo Instituto Brasileiro
de Economia da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo para o
ano 2007/2008 (CUB 2007) conforme dados da coluna 1 a 10
da primeira tabela reproduzida na página 2 ‘Metodologia de
Cálculo dos Insumos Diversos’.
Até aí, tudo bem. O problema se apresenta no estudo
feito pela nossa consultoria na segunda tabela que vem a
seguir na página 3 com a inclusão de juros mensais e o
prejuízo total anual nas colunas de 11 a 15.
A questão é que, à exceção do financiamento do
revólver (não incluído nessa tabela), o estudo
realizado pelo IBRE da FGV não contempla uma taxa de juros
para o financiamento desse ‘enxoval’ do vigilante.
E, mesmo no caso do revólver, aquele Instituto
sugere que seja cobrado pelas empresas juros de 1,05% que
era a taxa SELIC de março’07, como se alguma empresa
privada pudesse obter financiamento bancário por essa
taxa.
Dessa forma, se aplicarmos uma taxa de juros de
financiamento sobre as parcelas da coluna 10 de pelo menos
1,5% ao mês, o que não é muito, como o fizemos na coluna
11 da segunda tabela, teremos o valor mensal que deveria
ser cobrado dos clientes.
Na coluna 12 mostramos o prejuízo mensal que a não
cobrança dos juros pode representar. E na coluna 13
mostramos o prejuízo anual por item e total.
Na coluna 14 temos a quantidade estimada de
vigilantes ativos em todo o Brasil para o ano de 2.008.
Finalmente, na coluna 15 temos o prejuízo anual
total que as empresas de segurança estão tendo por não
cobrarem dos seus clientes juros do financiamento de cada
item que compõem o vestuário e o material utilizado pelos
vigilantes.
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É claro que estamos falando de São
Paulo e portanto, se você é de outro Estado, é preciso ver
se o estudo sobre o qual você está baseando o
financiamento do enxoval do vigilante para os seus
clientes contempla ou não uma taxa de juros e qual é essa
taxa.
Considerações sobre o Lucro
As receitas entram na empresa por uma única
torneira. Daí a FACILIDADE para se identificá-las.
Já, as despesas saem por infinitas torneiras (até
pela transpiração). Daí a DIFICULDADE para se
identificá-las e mais ainda, para controlá-las. |
Por outro lado, toda empresa é um
centro repassador de custos para os seus clientes. Podemos
mesmo afirmar que um pedido é uma procuração dada pelo
cliente para ela contratar custos em seu nome.
Se a empresa se esquecer (acidental ou
deliberadamente) de repassar algum custo para o preço, ele
vai sair do lucro. Não tem jeito.
E custo não repassado é lucro perdido para sempre,
porque os clientes não aceitam rever o preço da fatura do
mês anterior.
A questão é que, devido ao crescimento da
concorrência (principalmente a predatória), os preços
estão “roçando” os custos. Assim, a diferença, ou lucro, é
cada vez menor.
É por esse motivo que para ter algum lucro é
preciso fazer conta de centavos. Ou seja, um copo de água
tem custo, que apesar de pequeno, se fizer parte do custo
do produto ou serviço, precisará ser repassado para o
preço, porque, para ter lucro nos dias de hoje é preciso
ter em mente que de copo de água em copo de água se enche
uma caixa d’água.
Dificuldades para repassar os Custos
para os Preços
- Sempre surgem custos não
programados, portanto imprevisíveis;
- Existem custos que são
previsíveis, mas que por algum motivo não são previstos;
- Existem custos gerados por
equívocos na tecnologia de cálculo;
- Existem custos não muito
visíveis e por isso, de difícil identificação;
- Existem custos de depreciação
de bens que não são considerados, como corresponde-ria;
- Alguns custos não são
considerados porque o seu pagamento será no futuro
(diferido);
- Contratação equivocada de
custos;
- Prodigalidade na contratação de
custos;
- Pressão da concorrência;
- Pressão dos clientes;
- Falta de preparo da equipe de
vendas para vender valor e não preço.
- Calcular cientificamente o
preço é complicado. São muitas variáveis contábeis,
econômicas, tributárias e de marketing que entram na sua
composição.
- Falta de economia de escala;
- Desperdícios, etc.
Se sentir que precisa de ajuda
para calcular corretamente o preço dos seus postos de
vigilância ou outro preço de qualquer serviço ou produto
da sua empresa, entre em contato conosco.
Prof.
Faccin
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