Faccin Consultoria
Consultoria Faccin
Prestamos Consultoria para todo o Brasil, Chile,
Argentina, México, Itália, Portugal e Espanha.

Entre em contato

011 4666-7845 e 99154-9354
contato@faccin.com.br
 

 

 

 

 

Faccin Consultoria

Acertar para não matar!

 

Como de praxe, meus textos não são pequenos, porque eu os amplio e os aprofundo em respeito aos meus leitores que merecem o meu melhor. E, como o tema é importante para a sobrevivência das empresas neste momento conturbado da vida econômica brasileira, convido-o a ter um pouco de paciência, tomar um tempinho e lê-lo agora. É importante.

As empresas são fenômenos resultantes de criações humanas e como qualquer outro fenômeno elas também são instáveis, mutáveis e inconstantes, ou seja, impermanentes. Duram enquanto as condições que lhes derem sustentação durarem. Transformam-se ou morrem quando essas condições mudam ou cessam.

Como as empresas são seres inanimados, elas não têm vontade própria e por isso não podem autodecidir o seu destino. Quem decide por elas são os seus dirigentes. Eles decidem o quê fazer (estratégico) e o como fazer (logístico). E, dependendo do que decidem fazer e de como fazer, as empresas podem crescer ou morrer.

Obviamente, se os dirigentes sempre decidissem certo, as empresas cresceriam até atingir os Céus. Nunca morreriam. Seriam eternas. Viveriam para sempre. Mas, nesse caso até o próprio conceito de “equívoco” não existiria.

Todavia, como nesta vida ninguém acerta todas (por isso o conceito de equívoco existe...) mais dia menos dia, algumas decisões essenciais tomadas equivocadamente pelos dirigentes acabam por destruir as suas próprias empresas.
 
Na tabela ao lado, “Idade das empresas que morreram em 2012”, extraída do Censo das Empresas e Entidades feito pelo IBT - Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação observa-se que em 2012 metade das empresas (49,48%) morreu com até 7 anos de vida.

Os motivos que levam à morte das empresas são os mais diversos possíveis, como inexperiência no ramo, desentendimento societário, cisão da empresa por separação dos sócios e ou dos cônjuges, estratégia mercadológica

equivocada, baixa lucratividade, custos financeiros elevados, despesas excessivas, capital insuficiente, fraudes, morte do (s) fundador (es), desentendimento entre os herdeiros, etc.

Mas, tudo isso se resume em uma única “causa mortis”: decisões equivocadas dos dirigentes sobre escolhas essenciais. Decidir empreender sem a necessária experiência no ramo é uma decisão equivocada; escolher um sócio inadequado é uma decisão equivocada; decidir empreender sem capital suficiente é uma decisão equivocada; misturar a vida financeira do dono com a vida financeira da empresa é uma decisão equivocada; contratar parentes, amigos, mulheres bonitas, etc. sem que eles tenham a necessária competência para o exercício da função, é uma decisão equivocada; não profissionalizar a empresa é uma decisão equivocada; não impor o sistema de meritocracia na empresa é uma decisão equivocada, escolher mal o (s) sucessor (es) do fundador (es) é uma decisão equivocada; e vai por aí afora.

Na conturbada década dos anos 1970 as empresas sobreviviam menos tempo ainda, já que 60% delas morriam com até 5 anos de vida.

Como neste momento o Brasil está passando por forte turbulência política e econômica, isso nos leva a supor que daqui para frente muitas empresas poderão morrer até mais prematuramente do que na década de 70.

O resultado dessa desordem econômica, política, ética e moral se reflete no último relatório do SERASA que mostra que mais da metade (51%) das empresas atualmente em operação no Brasil estão com o nome negativado junto àquele órgão com dívidas somadas de R$ 92 bilhões,

Mas, mesmo em épocas de vacas gordas como a que o mundo e o Brasil viveu na década passada, as empresas em geral vivem pouco.
 
Como se pode observar na segunda tabela a seguir – Idade das empresas em atividade em 2012 – feita pelo mesmo IBT, apenas 6,24% das empresas em atividade no Brasil em 2012 tinham mais de vinte (20) anos de idade e somente 1,98% tinha mais que 30 anos. Incluindo-se aí as empresas multinacionais e as empresas nacionais de grande porte.
Agora, é bom ter em mente que morte de empresas não se dá somente entre as micros, pequenas e médias empresas. E, também, não é um fenômeno exclusivo do Brasil.

No 40º Anuário de Maiores e Melhores Empresas da revista Exame publicado em 2013, algo me chamou a atenção: das 500 maiores empresas instaladas no Brasil e listadas na 1ª edição de quarenta anos antes, 270 não existiam mais. E, das 230 que ainda estavam vivas, apenas 87 ou 17% continuavam figurando na lista das 500 maiores do 40º Anuário.

Das 500 maiores empresas americanas listadas em 1994 na revista Fortune, 153 ou 30% delas haviam desaparecido apenas dez anos depois (2004). E, das 347 que sobreviveram, 130 ou 37% fizeram uma dramática transformação. Estamos em 2015. O que será que aconteceu com as que sobreviveram em 2004?

Voltando às 6,24% das empresas com mais de 20 anos de idade no Brasil, é senso comum que à exceção dos Bancos que estão “nadando de braçada”, muitas dessas empresas sobreviventes estão endividadas e/ou com enormes passivos trabalhistas e tributários.

O Ministério da Fazenda divulgou no último dia 13 (13/10/15) uma lista com os nomes dos 500 maiores devedores inscritos na DAU - Dívida Ativa da União. Os débitos totais das empresas da lista somam R$ 392,3 bilhões de um total de R$ 1,4 trilhão inscrito hoje na DAU (isso equivale a +- um ano de receita da União). Desse total, apenas R$ 23,4 bilhões (1,67%) foi recuperado pelo Executivo até agora.

Poucas empresas hoje em atividade no Brasil têm “cacife” para encerrar suas atividades de uma hora para outra, pagando todos os passivos trabalhistas, tributários, quirografários e ainda saindo com algum sobrando ou mesmo empatando.

Os passivos trabalhistas e tributários ainda dão para as empresas irem empurrando com a barriga por um tempo na justiça, mas com as taxas de juros praticadas no Brasil de hoje, as dívidas com os bancos podem adquirir proporções impagáveis rapidamente.

O problema maior é que as dívidas trabalhistas e tributárias atingem os bens pessoais dos sócios e não caducam nunca. São para o resto da vida. Isso significa que o sócio que não tiver bens para quitar esses débitos, nunca mais poderá ter qualquer coisa em seu nome que o perderá. Nem mesmo um carro ou uma conta bancária.

Agora, diante desse quadro perturbador de “mortalidade prematura” das empresas brasileiras, a pergunta que cabe é: porque os dirigentes erram tanto em suas decisões a ponto de levarem suas empresas ao túmulo tão prematuramente?

Obviamente, existem inúmeras razões para isso.

A meu ver, uma delas é que, diferentemente das empresas cujo “oxigênio” que as mantém vivas é o dinheiro que desconhece a palavra “sentimento”, os dirigentes são humanos e por isso, mais de 90% das suas decisões que envolvem dinheiro não são calculistas como seria necessário para lidar com os números frios das empresas, mas “IMPULSIVAS e INTEMPESTIVAS” baseadas no instinto, nas intuições, nas emoções e nos sentimentos. E isso é incompatível com a racionalidade gélida da equação aritmética que determina a sobrevivência das empresas: R - D = L ou P. Ou, Receita menos Despesa é igual a Lucro ou Prejuízo.

O Jorge Paulo Lehman se transformou no mais bem sucedido empresário brasileiro (acionista majoritário da Ambev, Burger King, Heinz, etc.), porque conseguiu controlar bem os seus impulsos primitivos e passou a decidir apenas com base na racionalidade fria dos números financeiros das empresas.

Nas suas empresas reina a mais pura meritocracia: quem atinge as metas permanece na empresa e pode ser promovido, independentemente do tempo de casa. Quem não atinge as metas pode continuar amigo, mas precisa seguir sua vida em outro lugar para abrir espaço para que a empresa contrate alguém que possa fazer o que precisa ser feito para a empresa ganhar dinheiro e seguir vivendo. Simples assim.

Uma segunda razão que costuma levar à morte prematura das empresas é que temos uma tendência a acharmos que nós e os nossos bens são eternos e que as coisas ruins só acontecem com os vizinhos. Por isso, não nos precavemos, como deveríamos.

Outra razão é a forma ABSOLUTISTA de decidir por parte de muitos dirigentes que detém o poder absoluto nas suas empresas. Como por norma eles não ouvem a opinião de ninguém, por precaução os colaboradores nem se atrevem a questioná-los ou mesmo sugerir-lhes algo.

E, isso é um perigo, porque por mais conhecimento, prática, experiência e vivência que alguém possa ter, isso não contempla todo o quadro. Aquilo que não se sabe sobre alguma coisa é sempre muito mais abrangente do que aquilo que se sabe.

É certo que quando as empresas são iniciantes e pequenas, os problemas a serem resolvidos são pequenos e de senso comum. Todavia, quando as empresas crescem, os dirigentes se veem obrigados a resolverem problemas inusitados e originados de inúmeras ciências complexas, como administração da produção, administração operacional, administração dos recursos humanos, administração dos recursos de capital, comunicação, branding, contabilidade, direito comercial, direito societário, direito trabalhista, direito tributário, economia tradicional, economia comportamental, econometria, engenharia econômica, engenharia técnica, marketing, organização e métodos, pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e serviços, propaganda, psicologia, segurança, sociologia, tecnologia da informação, tecnologia de redes, vendas, etc., etc., etc.

E, como se isso fosse pouco, no dia a dia das empresas acontecem coisas inauditas cujas causas verdadeiras nem sempre são bem diagnosticadas pelos dirigentes. E, se elas não são bem identificadas, as medidas tomadas para saná-las não surtirão os efeitos necessários. E, às vezes, acabam até agravando os problemas.

Não é por outro motivo que não seja a impossibilidade de alguém ser capaz de lidar com tantas e tão complexas ciências que a história é farta em mostrar que por trás de todos os grandes presidentes sempre existiram competentes assessores.

E, é por isso também que os dirigentes empresariais mais sábios recorrem a boas assessorias, contábil, jurídico/trabalhista, jurídico/comercial, econômica, marketing, vendas, propaganda, etc. E, os dirigentes das empresas de maior porte também se apoiam em Conselhos, como o de Administração, Deliberativo, etc. que são formados não apenas por experientes colaboradores internos como também e principalmente por experientes consultores externos.

Agora, se você comparar a idade da sua empresa com a “Idade das empresas que morreram em 2012” no quadro acima, poderá ter uma boa ideia do percentual de probabilidade que a sua empresa tem de continuar viva nos próximos anos.

Todavia, da mesma maneira que a prática de uma vida saudável orientada por bons médicos pode nos acrescentar uns aninhos a mais e melhor, uma boa assessoria de marketing e de vendas também pode ajudar sua empresa a ter uma sobrevida maior e com melhor qualidade.

Dessa forma, se a sua empresa também estiver atravessando um momento difícil nas vendas e nos lucros, não perca tempo, peça ajuda. Mas, peça ajuda externa, porque se internamente alguém soubesse como ajudar, já teria ajudado e resolvido o problema, e a sua empresa não estaria passando por esse momento difícil.

Mas, não perca tempo mesmo, porque como o ser humano é muito adaptável, alguns dirigentes cujas empresas começam a ter queda nas vendas e nos lucros vão procurando se adaptar à situação cada vez mais deteriorada na expectativa de que “dias melhores virão” e quando decidem procurar ajuda já é tarde demais. Suas empresas já estão em fase terminal.

Procurar ajuda quando a situação chega ao “ponto de não retorno” é uma decisão equivocada. Uma decisão sábia é pedir ajuda tão logo se perceba que a situação começa a se turvar. E, mais sábio ainda é procurar assessorar-se antes que a situação comece a se turvar, exatamente para que não se turve.

É certo que mais dia menos dia sua empresa vai morrer, porque nada é eterno neste mundo. Mas, também é certo que a nossa assessoria poderá ajudá-lo a evitar que ela morra em menos dias...

Prolongar a vida das empresas é o que nós temos feito há 17 anos para empresas iguais à sua. E, como nós temos muito conhecimento, prática, experiência e vivência, sabemos tudo o que precisa ser feito e por isso o fazemos rápido e com baixos custos. Nossos honorários são acessíveis às pequenas empresas.



Prof. Faccin

 

 
 
 
 
 

Outros Artigos do Prof. Faccin

 

 

 

 

 

 

Copyright 2005-2007 © Faccin Consultoria
Política de Privacidade