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DREAM e MERDA

são escritas com as mesmas letras


Dream e merda é um anagrama como outro qualquer em que basta mudar-se a ordem das letras e uma palavra vira outra.

Para elaborar este ensaio eu procurei criar um título anagrâmico como este, mas cuja palavra resultante fosse, ao mesmo tempo antagônica da original, humorística e que retratasse o melhor possível a ideia que eu desejava transmitir neste texto.

E, nenhum outro anagrama superou o formado pela palavra “dream”, sonho, (imaginação valorativa) e a antagônica e humorística palavra tabuística merda (de conotação depreciativa), inclusive porque ele retrata de forma precisa muitas das decisões que tomamos no nosso dia a dia.

Por exemplo, o meu time, o Palmeiras, neste ano trouxe de volta o técnico dos sonhos, Cuca, na expectativa de que ele mudasse o rumo das coisas e fizesse o time ser campeão. Mas, ele acabou se atrapalhando e ao “mudar a ordem de algumas letras” acabou produzindo um resultado de merda. O time não foi campeão em nenhum dos quatro torneiros de que participou.

Não estou dizendo com isso que o técnico Cuca seja um mau técnico. Nada disso. Apenas que nessa oportunidade ele trocou as bolas e fez o sonho virar merda.

Nas empresas de monitoria de alarmes não é diferente. Quando uma empresa delega para um funcionário antigo treinar um funcionário novo, ela espera que ele lhe dê um treinamento dos sonhos (dream). Mas, o mais provável é que ele não ordene adequadamente as “letras” e acabe por lhe dar um treinamento de merda.

Da mesma maneira, não estou afirmando que o funcionário antigo não saiba merda nenhuma do que vai ensinar. Nada disso. O problema é que ele não pode parar de trabalhar para ficar ensinando o novo empregado. E como essa também não é a sua especialidade, a probabilidade de que ele não ordene direito as “letras” é sempre muito grande.

Para procurar cooperar com a empresa, ele aceita a missão de ensinar o funcionário novo e o leva à “tiracolo” para vê-lo trabalhar ao longo de cada dia, dando-lhe algumas explicações, que obviamente, só podem ser “desordenadas”.

Ainda, é possível que logo no primeiro dia o funcionário antigo vá resolver um problema de “álgebra”, ou seja, um problema complexo qualquer, mas o funcionário novo ainda nem sequer teve tempo de aprender o “Bê-á-bá”. E, essa desordem no ensinamento acaba confundindo mais do que esclarecendo o funcionário novo.

E, nem poderia ser diferente, porque esse é um tipo de ensinamento sem um programa pré-elaborado de ensino, sem um método, etc. e, ensino não é isso.

Ensino é um processo sequencial e evolutivo com início meio e fim. Para ensinar é preciso ter uma ordem lógica, de acordo com um programa pré-elaborado que permita organizar, detalhar o processo de instrução e ser sistemático em pesquisas, investigações, apresentação, instrução, etc. É preciso ter um método de ensino.

Para ter êxito no ensinamento dos novos empregados, o empregado antigo precisaria parar de fazer o que ele está fazendo, para se tornar um planejador de programas de ensino, pesquisador, montador dos cursos de capacitação e treinamento e depois aprender as técnicas didáticas necessárias para transmitir com êxito os seus conhecimentos.

Em outras palavras, ele precisaria deixar de fazer o que ele sabe fazer bem, para fazer o que ele não sabe fazer. Não faz sentido. Como diz o velho ditado: “cada macaco no seu galho”. Uma coisa é saber fazer e outra muito diferente é saber ensinar. São aptidões diferentes. Não fosse assim os grandes craques do futebol seriam grandes técnicos. Mas, a prática mostra outra coisa. O Maradona quis ser técnico da seleção argentina e foi um fiasco total. No Brasil também temos vários exemplos desse tipo.

Para ter êxito num processo de capacitação e treinamento dos novos empregados, a empresa precisaria montar um Centro de Treinamento altamente qualificado e ágil para que, em no máximo 30 dias, pudesse entregar o novo funcionário “pronto para uso” ao departamento que ele irá operar, seja para reduzir o custo da sua inoperância por um período prolongado de tempo, seja devido à alta rotatividade da mão de obra.

Mas, isso é totalmente inviável econômica e tecnicamente para as micros, pequenas e médias empresas porque:

     1. Os custos para a montagem de um Centro de Treinamento de alto nível seriam elevadíssimos;
     2. A empresa tampouco teria como dispor da sua pouca mão de obra mais qualificada para ficar montando com qualidade os vários cursos necessários a um Centro de Treinamento de alto nível;
     3. Ela não disporia de professores especializados para ministrar esses treinamentos técnicos de alto nível; e
     4. Ficaria caríssimo treinar sofisticadamente um único empregado, por exemplo. A menos, claro, que ele fosse ocupar o cargo de presidente da empresa.

Agora, qual a importância de se ensinar com qualidade e à exaustão a mão de obra existente e a iniciante, ainda que seja a de um único empregado?

Como diz o dito popular, de “grão em grão a galinha enche o papo...” e de um em um novato a empresa monta uma equipe inteira. E se ela não ensinou adequadamente cada um dos seus membros, vai ter uma equipe toda desqualificada.

Nos últimos 20 anos eu cansei de ouvir milhares de donos de empresas de monitoria de alarme me dizerem que não tinham lucro por causa da concorrência de preço baixo.

Mas, nunca ouvi um único empresário me dizer que não tinha lucro porque tinha uma equipe desqualificada, que gerava uma enormidade de custos de atendimento e de retrabalhos de assistência técnica nos bem mais de 99% de alarmes falsos que chegavam e chegam à central de monitoramento todos os dias.

Todos, sem exceção, sempre me disseram que tinham e têm uma equipe ALTAMENTE QUALIFICADA. Inclusive a maioria diz isso explicitamente nos seus websites e no seu material impresso de propaganda. Pode conferir.

Caramba! Se com uma equipe ALTAMENTE qualificada a empresa não consegue ter lucro, então o melhor seria mudar de ramo, porque ela, ou não tem vocação para atuar nesse ramo ou esse seria um ramo de merda. O que não é verdade. Porque se fosse, não estariam entrando várias multinacionais no mercado, como estão entrando. Aliás, estamos entregando de mão beijada este excelente mercado para elas.

Então, seria de se perguntar se essa equipe é mesmo ALTAMENTE qualificada? Aonde foi exatamente que essa equipe ALTAMENTE qualificada se qualificou? Quem a qualificou? Como a qualificou? Em que a qualificou?

Será que todos os membros dessas equipes ALTAMENTE qualificadas sabem ao menos o que é “infravermelho” ou como funciona o sensor de micro-ondas no sensor de dupla tecnologia?

Se esses empresários aplicassem esse simples teste nos membros das suas equipes ALTAMENTE qualificadas iriam se dar conta da realidade e perceber que o problema da falta de lucro não é bem a concorrência e sim a falta de qualificação das suas equipes. Concorrência existe em toda parte e em todos os setores.

Para ter lucro a empresa precisa apenas ser capaz de fazer “com qualidade” o que se propôs a fazer pelos clientes e de forma a que os custos de servi-los sejam inferiores aos preços que eles pagam. E, da mesma maneira, ela precisa ter uma equipe de vendas capaz de vender por um preço maior, vender mais, e mais rapidamente.

E, sem um ensinamento técnico ALTAMENTE qualificado para as áreas operacionais, técnicas e de vendas, isso não vai acontecer nunca, porque sem esse ensinamento, a equipe se torna desperdiçadora de custos de tempo, de equipamentos, de materiais e é altamente improdutiva.

Então, se sua empresa quiser ter lucro de verdade, aceite a minha sugestão e associe ela ao Centro de Treinamento On-line do Instituto Cultural Faccin, porque ele poderá ser esse centro de treinamento de alto nível que a sua empresa precisa ter urgentemente, a um custo tão ínfimo mensal que chega até a ser ridículo se comparado com os resultados que sua empresa irá obter.

Muitas empresas não conseguem qualificar sua mão de obra porque não conseguem parar de correr para atender aos alarmes falsos. O vídeo-curso on line resolve esse problema da falta de tempo da equipe de forma extraordinária, porque não é preciso que a equipe pare de trabalhar para assisti-lo.

Esteja certo de que nada, mas absolutamente nada mesmo pode ser mais prioritário do que capacitar sua equipe da linha de frente, vendedores, instaladores, operadores da central de monitoramento, atendentes de alarmes, técnicos de manutenção, assistentes, secretárias, compradores, etc.

Num próximo ensaio eu vou demonstrar porque o “conhecimento” é o único diferencial efetivamente diferençável. Sem conhecimento, nenhuma empresa se diferencia de verdade no mercado.

Para associar sua empresa ao Centro de Treinamento On-line, basta me retornar este e-mail solicitando mais informações.

Prof. Faccin

OBS – Espero que você não tenha se aborrecido por eu ter utilizado o anagrama dream e merda neste texto.

Eu só o utilizei, primeiro, porque como disse ele era o que melhor se encaixava nesse texto e segundo, porque a palavra merda é a palavra mais rica e versátil da língua portuguesa.

Não sei se você sabia, mas ela é um verdadeiro coringa, porque é utilizada pelos brasileiros com incrível precisão em dezenas de interjeições e expressões idiomáticas depreciativas. Nenhuma outra palavra do nosso dicionário a supera em utilizações. Nenhuma. Disparadamente ela é a mais utilizada.

Veja alguns exemplos bizarros de sua utilização: “fulano está na merda”, “ganho um salariozinho de merda”, “que merda de presente”, “deu merda”, “eta servicinho de merda”, “não vá fazer merda”, “essa merda não vai dar certo”, “deixe essa merda de lado”, “aonde fica essa merda de lugar”, “vá a merda”, “vou embora dessa merda de lugar”, “ele não enxerga merda nenhuma”, “puta merda”,... e vai por aí afora... é só usar a criatividade e, pimba! Em qualquer situação depreciativa nós brasileiros botamos a merda no meio... rsss.

Ela é uma palavra tão polivalente que se pode utilizá-la até mesmo para transmitir com precisão uma ideia importante como esta deste texto sério.

 

 

 
 
 
 
 

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