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Erros são etapas do
aprendizado. |
A invenção da lâmpada incandescente custou a Thomaz
Edison duas mil tentativas. E, ao ouvir a pergunta de um
jovem sobre como se sentia por ter falhado tanto, ele
respondeu: "Eu não falhei nem uma vez. Inventei a
lâmpada incandescente. Só que foi um processo com duas
mil etapas”.
Claro, como seria possível alguém inventar um fenômeno
como esse de incandescer uma lâmpada logo na primeira
tentativa, sem falhar nenhuma vez? Probabilisticamente
seria quase impossível. Só se fosse por absoluto golpe
de sorte como o de ganhar na Mega-Sena. Do contrário, só
tentando, errando, tentando de novo, errando de novo e
tentando até dar certo.
Talvez por isso, Albert Einstein disse certa vez que
“uma pessoa que nunca cometeu um erro, nunca
experimentou nada novo”.
Mas, porque erramos tanto quando tentamos algo novo?
Simples, porque quando vamos fazer algo novo, nos
baseamos no que conhecemos. Mas, o que conhecemos sobre
qualquer coisa nova, nem de longe contempla todo o
quadro. Aquilo que não conhecemos é sempre infinitamente
mais amplo. E, como se isso fosse pouco, a feitura de
algo novo está sempre sujeita a fatores aleatórios sobre
os quais não se tem controle.
Duncan J. Watts, em seu livro Everything is Obvius,
ensina que quando decidimos implementar alguma ideia,
imaginamos que as pessoas irão reagir a ela da mesma
forma como nós próprios reagiríamos. Ledo engano. Se as
coisas evoluíssem sempre da forma como imaginamos, até o
próprio conceito de “equívoco” não existiria.
O Google lançou um produto que imaginava ser de grande
aceitação pelo mercado. O Google Glass ou Óculos do
Google. Não decolou. Fracasso total. Produto retirado do
mercado. E daí? “Levanta, sacode a poeira e dá a volta
por cima”, porque a vida só caminha para frente.
Finalmente, ainda precisamos levar em conta que existem
fatores fortuitos que podem surgir inesperada e
imprevisivelmente e afetar irremediavelmente o resultado
de nossas experiências. Por exemplo, a Samsung, maior
fabricante de telefones do mundo, precisou retirar 2,5
milhões de exemplares do Galaxy Note 7 de dez mercados
quando surgiram as queixas de que as baterias de lítio
(que não foram fabricadas por ela) explodiam durante a
recarga. Um escândalo que manchou a imagem da empresa e
custou milhões de dólares em perdas.
E daí? Parou de fabricar seus produtos por causa disso?
Que nada. Reconheceu o erro, retirou os aparelhos do
mercado, tomou o prejuízo e seguiu em frente. Tratou de
aprender com o erro e está lançando o Galaxy 8 e uma
nova versão do Notes.
Todas as empresas automobilísticas sérias, de quando em
quando descobrem algum defeito de fabricação em seus
novos modelos de veículos. E daí? Reconhecem o erro,
fazem o “recall”, consertam de graça, aceitam o prejuízo
e “bola pra frente”.
Agora, diante dessa evidente realidade de que é
praticamente impossível fazer-se algo novo sem cometer
erros, porque tanta gente reluta em reconhecer e aceitar
o erro?
Eu acredito que seja por 2 motivos básicos:
1.
Cultura latina que abomina o erro e execra quem o
comete; e
2.
Egolatria e egocentria de muitos executivos.
Esses dois fatores, a meu ver, atrapalham sobremaneira o
desenvolvimento das pessoas e das empresas. Tem gente
que prefere não fazer nada só para não correr o risco de
errar, seja porque teme ser criticada ou simplesmente
porque não quer correr o risco de ter o seu ego ferido.
E, isso é um verdadeiro absurdo. Não erra, mas também
não acerta. A vida passa e nada é feito.
Por outro lado, no caso do Thomaz Edison, como ele
estava lidando com física que é uma ciência exata, ele
não tinha como não reconhecer e não aceitar o erro,
mesmo que o quisesse. Porque, se a lâmpada não
incandescesse, é porque algo tinha dado errado. Se
incandescesse, é porque tinha dado certo. Não existia a
possibilidade de meio-termo.
Mas, a maioria das ciências não são exatas, como
medicina, direito, farmácia, economia, sociologia,
psicologia, marketing, vendas, propaganda, etc. e é aí
que mora o xis do problema. Uma solução pode não estar
cem por cento certa, mas também pode não estar cem por
cento errada. E, nesse caso, os resultados poderão ser
os mais diversos possíveis.
Mas, se “o indivíduo não puder errar porque os críticos
destrutivos o condenam”, ou “não puder errar, porque o
seu ego não o permite” então, mesmo tendo consciência de
que não fez a coisa certa, irá procurar argumentos, as
vezes até esdrúxulos, que possam corroborar sua tese de
que fez a coisa certa. E, essa postura o obriga, até por
coerência, a permanecer no erro. Não há evolução, nesse
caso.
Se ele agir assim na sua vida pessoal, o problema é
dele. Mas, se agir assim na vida corporativa, poderá ser
um desastre, porque toda empresa precisa inovar, não
pode ficar parada porque as necessidades do mercado são
mutantes e a cada vez, mudando mais rapidamente. Então,
ela precisa se adaptar a essa mutação. Senão fica pelo
meio do caminho como tantas.
Não é por outro motivo, que não seja a conscientização
de que é impossível chegar-se ao acerto sem errar, que
na cultura corporativa de muitas multinacionais o erro
não só não é abominado, como também é reverenciado e em
certos casos, até mesmo ESTIMULADO... isso mesmo:
estimulado! Como é que o Google vai desenvolver um carro
sem motorista sem errar no processo? Impossível. É
preciso tentar e ver no que dá. E, se der errado,
aprender com o erro, corrigi-lo e tentar de novo até
acertar. Não tem outro jeito.
Segundo essas empresas, sai mais barato e é mais
eficiente bancar o erro de altos executivos no
desenvolvimento de novos caminhos, do que pagar para
eles um curso de doutorado em Harvard, porque se alguém
em Harvard soubesse como fazer um carro sem motorista,
já o teria feito... óbvio! Então o negócio é seguir no
processo de tentativa/erro até acertar.
Para lançar o Viagra, a Pfizer investiu 2,5 bilhões de
reais em “pesquisa e desenvolvimento” ao longo de 13
anos. Nessa longa jornada eles testaram mais de 1.500
compostos diferentes, até chegarem na formulação ideal.
Você pode chamar isso de investimento em “pesquisa e
desenvolvimento” ou de investimento em “tentativa/erro”.
Como você quiser, porque é exatamente a mesma coisa.
Afinal, a atividade do cientista é exatamente essa:
tentar/errar, tentar/errar, tentar/errar, tentar,
tentar, tentar, tentar à exaustão até acertar.
Mas, obviamente, o acerto só ocorrerá se houver
conscientização dos erros, aceitação dos erros,
aprendizado com os erros e persistência na busca do
acerto. Do contrário, fica-se pelo caminho. Por isso, é
preciso “deixar-se de lado o ego”, “tapar os ouvidos
para os críticos destrutivos de plantão” e seguir
errando até acertar.
Neste delicado momento econômico, social e político pelo
qual o Brasil está passando, permitir que a empresa siga
por um caminho equivocado, porque algum executivo não
quer reconhecer o erro, poderá ser fatal.
Menos erros podem ser cometidos e o processo para se
chegar ao acerto pode ser abreviado quando a escolha de
novos caminhos for feita por uma equipe formada por
“mentes de conhecimento” da própria organização e também
de fora da organização, porque estas mentes externas
ajudam a raciocinar “fora da caixa”.
Por isso, se você entender que a sua empresa está
precisando de ajuda para definir novas estratégias de
marketing para vencer este momento difícil da economia
brasileira, entre em contato conosco.
Esse é o nosso negócio e o fazemos com maestria. Nos
últimos 19 anos que nos especializamos no setor, já
ajudamos centenas de empresas iguais à sua em todo o
Brasil a aumentarem as vendas, os preços e os lucros.
Prof. Faccin
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