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Injusto, sim. Mas, em
sentido oposto! |
Quando assumiu a Presidência da República, Fernando
Henrique Cardoso (FHC), disse que o Brasil não era um
país pobre, mas um país injusto. As duas coisas eram e
continuam sendo verdadeiras. Só que a “injustiça” é
oposta à que ele se referia.
Como ele é sociólogo por formação, e socialista por
vocação, entendia como sendo “injustiça”, a diferença de
renda entre pobres e ricos.
Como resultado desse viés ideológico do FHC, ele e todos
os demais socialistas que assumiram o poder após o
governo militar, passaram a aumentar os impostos e a
intensificar a utilização de vários mecanismos na
tentativa de transferir renda dos ricos para os pobres e
“corrigir essa injustiça”. Assim, aparelharam o Governo,
a Justiça do Trabalho, estimularam a invasão de terras e
de propriedades, fizeram vista grossa ao crime contra o
patrimônio, aparelharam a educação para que os futuros
brasileiros seguissem essa cartilha, etc.
Só que passados 33 anos de governos socialistas, os
pobres continuam pobres e os ricos continuam cada vez
mais ricos. O que deu errado FHC?
Simples: essas ações são absolutamente DESINTELIGENTES e
na prática, produzem um EFEITO OPOSTO ao que se espera.
Por isso elas acabaram se voltando contra os
“injustiçados”.
Senão vejamos:
DESINTELIGÊNCIA Nº 1. Aumentar a Carga Tributária para
redistribuir a riqueza.
No fim do Governo Militar em 1985, a Carga Tributária
era de 20% do PÍB.
A partir do Governo Sarney ela começou a subir, sendo
que na implantação do plano REAL, em 1994, ela já era de
25% do PIB; no fim do Governo FHC em 2002, a Carga
Tributária atingiu absurdos 35,53% do PIB. E, no Governo
LULA chegou a 38% do PIB.
Hoje, a Carga Tributária está em torno de 36% do PIB.
Não porque os impostos baixaram, mas por efeito da
grande recessão que se abateu sobre o Brasil nos últimos
anos e pelo aumento consequente da sonegação estimulada
pela falta de dinheiro.
Então, dos R$ 6,6 trilhões que formaram o PIB em 2017,
nada menos que 36%% ou R$ 2,38 trilhões corresponderam
aos impostos pagos pelos contribuintes ao governo.
Todavia, na prática, o que chegou ao pobre foi o Bolsa
Família que custou ao governo R$ 29,7 bilhões em 2017,
ou 1,25% dos impostos arrecadados.
Pior de tudo é que apesar de arrecadar essa dinheirama
toda, extorquida do labor das classes produtivas, o
Governo conseguiu aumentar seu endividamento para mais
de R$ 5 TRILHÕES e não consegue sobrar dinheiro nem
mesmo para pagar os juros da dívida, o que irá fazer com
que ela continue crescendo nos próximos anos.
Para 2019 será preciso tomar emprestado mais de R$ 150
bilhões só para pagar os juros da dívida. E, mais:
vários Estados e Municípios estão literalmente
quebrados!
A continuar nessa toada, aonde vamos parar?
Agora, veja que interessante: quando a Carga Tributária
era de 20% durante o Governo Militar, o PIB brasileiro
crescia entre 7% e 13% ao ano.
Em 1964 quando os militares assumiram o poder, o PIB da
Argentina era maior que o do Brasil: US$ 25,61 bilhões
contra US$ 21,21 bilhões. Vinte anos depois, em 1985, ao
fim do Governo Militar, o PIB do Brasil era 2,5 vezes
maior que o da Argentina: US$ 222,9 bilhões contra US$
88,42 bilhões.
Em 1964 o PIB do Canadá, que ocupava o posto de 10ª
maior economia do mundo, era 2,5 vezes maior que o do
Brasil. Ou seja, em 1964 a economia brasileira não fazia
parte do seleto clube de países desenvolvidos. Naquela
época, a única palavra que os americanos conheciam sobre
a América do Sul, era Buenos Aires. Quando se
pronunciava a palavra Brasil, eles diziam, oh, yes,
Buenos Aires...
Todavia, 15 anos depois, em 1980 o Brasil já era a 8ª
maior economia do mundo à frente do Canadá e o PIB do
Brasil era MAIOR que o da China. A economia brasileira
rivalizava com a japonesa nas taxas de crescimento
anual. O mundo especulava qual das duas economias iria
terminar o século XX como sendo a 2ª maior economia do
mundo.
Infelizmente, com o blábláblá político e sindical
inconsequentes no retorno da democracia, a partir de
1986 o Brasil parou de crescer e o Japão seguiu em
frente e fechou o século XX como a 2ª maior economia do
mundo.
E, hoje, 33 anos depois, ao invés de continuar se
aproximando das nações ricas, o Brasil regrediu e passou
do 8º para 9º lugar. Ou seja, o aumento violento da
Carga Tributária durante os governos socialistas
brasileiros, ao invés de dar sequência na escalada de
crescimento comparado que vinha ocorrendo durante o
Governo Militar e colocar o Brasil, pelo menos, entre as
5 maiores economias do mundo, fez o país ficar estagnado
e até a perder posição.
Esses fatos e esses dados não foram inventados por mim.
Estão disponíveis a qualquer um que queira pesquisar na
Internet.
Isso demonstra claramente o grave equívoco dessa
política fiscal de aumentar a Carga Tributária com o
objetivo de “redistribuir a riqueza”. Ela não fez o
Brasil crescer como poderia ter crescido e tampouco fez
o pobre ficar rico, inclusive porque o Brasil ostenta
hoje o rótulo de país mais desigual do mundo. Essa
prática teve um efeito oposto ao que eles imaginavam,
porque essa turma que apregoa a tal da “redistribuição
de renda” é formada em sua maioria por sociólogos
socialistas e não por economistas liberais.
Sobre esse tema, “Carga Tributária elevada”, vale um
aviso aos governantes: o estopim que gerou a
Independência do Brasil foi a revolta do povo com a
Coroa Portuguesa que cobrava 20% de impostos sobre tudo
o que era produzido no Brasil. O povo chamava esse
tributo de “quinto dos infernos”, porque Portugal
cobrava um quinto (20%) de impostos.
Que tal? Vamos começar a reduzir essa estúpida Carga
Tributária que está impedindo o país de se desenvolver e
de enriquecer a sua população?
DESINTELIGÊNCIA Nº 2. Aumentar a tributação das empresas
para redistribuir a riqueza.
Esqueceram de dizer ao FHC, e aos seus seguidores, que
EMPRESA NÃO PAGA IMPOSTO. Quem paga imposto, é quem
consome, não quem produz.
Imposto para as empresas é custo. E, como qualquer outro
custo, ele é transferido para o preço com uma margem de
lucro. Óbvio!
Logo, quanto mais as empresas forem tributadas, maior
será o “castigo” aos consumidores. Dããã!
E, hoje, com uma Carga Tributária sobre as empresas de
34%, o Brasil ostenta a honrosa posição de CAMPEÃO
MUNDIAL em tributação empresarial.
Quanta desinteligência!
DESINTELIGÊNCIA Nº 3. Burocracia fiscal excessiva para
“controlar” as empresas.
Conforme artigo publicado no G1, as empresas gastam
1.958 horas e R$ 60 bilhões por ano só para dar conta da
burocracia fiscal. São mais de 95 impostos e taxas a
serem administrados.
Obviamente, essa montanha de custos é toda transferida
para os preços na forma de rateio dos custos indiretos.
E, obviamente, quem vai pagar a conta dessa estúpida
insensatez é sempre e exclusivamente o pobre do
consumidor.
DESINTELIGÊNCIA Nº 4. Transformar o imposto de renda e a
contribuição social sobre o lucro em imposto sobre o
preço para tentar evitar que as empresas soneguem e o
Governo não “perca” arrecadação quando as empresas não
tiverem lucro...
Devido à enorme “burocracia" exigida das empresas que
pagam Imposto de Renda pelo lucro real, a maioria optou
por pagar esse imposto com base no lucro presumido ou no
sistema simples. Ou seja, uma alíquota sobre o
faturamento.
Dessa forma elas preferiram pagar “Imposto de Renda” até
mesmo quando têm prejuízo, porque além de ser mais
simples, fica mais fácil de calcular e passar de
imediato esse custo para os preços para não sair do
lucro... só rindo...
Se a empresa optasse em pagar o Imposto de Renda sobre o
lucro real, ela só iria apurar o valor do imposto devido
no fim do ano e aí ela não teria como repassar para o
preço.
A conta ficaria para ela pagar. Pagando uma alíquota
sobre o faturamento, a empresa passa na hora esse custo
para o preço e transfere para o consumidor pagar a
conta.
Se a ideia era “gravar” as empresas, o tiro saiu pela
culatra, porque esse sistema grava ainda mais os
consumidores, não as empresas.
DESINTELIGÊNCIA Nº 5. Implantar o Imposto de Renda como
instrumento de redistribuição de renda.
O Imposto de Renda é o mais desinteligente de todos os
impostos, porque ele interrompe o ciclo econômico.
O “gênio” que copiou a ideia do “Imposto de Renda” de
outros países e a implantou no Brasil, deveria ser
enforcado em praça pública, porque esse tributo é o mais
estúpido (strictu sensu) de todos. Ele simplesmente
interrompe e encurta o ciclo econômico impedindo o giro
completo do dinheiro na economia.
Bilhões de Reais são retirados prematuramente da
economia, antes que essa dinheirama toda pudesse ser
aplicada em poupança ou em investimento pelas empresas e
usado para o consumo das pessoas físicas produtivas.
Tributo tem de ser apenas na ponta final de todo o
processo, ou seja, no consumo dos bens e...
exclusivamente sobre os bens finais, para permitir que o
dinheiro circule o máximo possível entre os agentes
econômicos produtivos, gerando riqueza, antes de ser
esterilizado pelo governo.
Talvez, essa minha visão esteja à frente do nosso tempo
e por isso pode ser de difícil compreensão para a
maioria das pessoas. Mas estou certo que num futuro não
muito distante esse tema virá à tona e alguma mente
iluminada e com poder e coragem irá acabar com essa
aberração que só serve para interromper o ciclo
econômico antes da hora e prejudicar ainda mais os
pobres.
DESINTELIGÊNCIA Nº 6. Aumentar o imposto, ao invés de
redistribuir riqueza, impede o consumo.
Como se sabe, o “preço” habilita e desabilita
compradores. Não fosse assim todo mundo teria uma
Ferrari. Por isso, as alíquotas elevadas e em cascata
dos tributos no Brasil, elevam artificial e
exageradamente os preços e criam uma barreira natural ao
consumo.
E, menos consumo significa menos atividade econômica,
menos empregos, menores salários e menos impostos
arrecadados.
Isso sem falar que impostos elevados estimulam a
sonegação. Será tão difícil entender isso?
DESINTELIGÊNCIA Nº 7. Aumentar o imposto, ao invés de
redistribuir riqueza, desestimula o consumo.
O que torna um produto melhor ou pior são os valores que
são agregados a ele. Mas, os impostos não agregam nenhum
valor ao produto. Agregam custos, mas não agregam valor.
Apenas encarecem o preço.
Logo, alíquotas elevadas de tributos apenas tornam ruim
a relação custo/benefício do produto ou serviço,
desencorajando o seu consumo. E, menos consumo significa
menos atividade econômica, menos empregos, menores
salários e menos impostos arrecadados.
DESINTELIGÊNCIA Nº 8. Aumentar a burocracia para tentar
arrecadar mais impostos.
As empresas são agentes geradores e os grandes
arrecadadores de tributos para o Governo e por isso
deveriam ser tratadas como parceiras e não como vilãs.
Quando os governantes de plantão dificultam a vida das
empresas, muitas quebram e o governo fica sem essas
fontes geradoras e arrecadadoras de tributos.
Segundo o IBGE, em apenas 3 anos na última crise,
342.000 empresas foram fechadas no Brasil devido às
trapalhadas dos governos anteriores. Quanta insensatez!
Desemprego de 12 milhões de brasileiros pobres, perda de
salários, perda de produção, perda de consumo e perda de
arrecadação tributária.
DESINTELIGÊNCIA Nº 9. Maquiação nas alíquotas
tributárias para eufemisticamente enganar os pagadores
de impostos.
Em média, no preço de um carro nacional, não de luxo,
está embutido uns 40% de impostos.
Isso significa que quando se compra um carro por,
digamos, R$ 40.000,00, se paga R$ 16.000,00 de impostos
e R$ 24.000,00 para os fatores de produção.
Só que na realidade, os impostos não são 40%, porque o
preço dos fatores de produção é R$ 24.000,00 e sobre
esses R$ 24.000,00 o Governo cobra R$ 16.000,00 de
impostos.
Então, se o cálculo de porcentagem não mudou, até onde
eu sei, 16 mil sobre 24 mil equivale a 67%! Um
verdadeiro absurdo. O consumidor compra um veículo e dá
outro para o Governo.
Uma distorção inaceitável, porque se os impostos fossem
“civilizados”, por R$ 40.000,00 se poderia comprar um
veículo de muito melhor qualidade.
Nos Estados Unidos e na maior parte dos países
civilizados, o imposto é destacado do preço do produto.
Então, se o produto custa $ 24.000,00, sobre ele se
calcula a alíquota tributária e que fica destacada na
fatura ou no cupom fiscal.
Por exemplo, nos Estados Unidos o imposto varia entre +-
9% e 10% dependendo do Estado. Então, se a alíquota for
10%, na fatura vem detalhado: preço do veículo $
24.000,00 + R$ 2.400,00 de imposto = $ 26.400,00.
Compare isso com os $ 40.000,00 do Brasil.
Mas, não precisamos ir até os Estados Unidos. Em 1996 eu
comprei um Chevrolet Vectra topo de linha pelo valor
equivalente em reais a 40 mil dólares aqui no Brasil.
Indo trabalhar na vizinha Argentina, me deparei com o
mesmo modelo importado do Brasil, numa loja em Buenos
Aires (mesmo modelo, mas com mais acessórios ainda). Por
curiosidade, perguntei o preço e quando o vendedor me
disse que custava 24 mil dólares eu disse que ele estava
brincando. Ele pensou que eu estivesse assustado com o
preço alto e me ofereceu o licenciamento grátis para
compensar.
A questão é simples: os veículos exportados não são
gravados com os mesmos impostos que são gravados os que
são vendidos aqui. E na Argentina, naquela época, sobre
o preço do produto se agregava apenas 18% de IVA,
Imposto de Valor Agregado. Por isso a gritante diferença
de preço.
Pobre povo brasileiro, enganado por todos os lados
justamente pelos tais “defensores do povo”.
DESINTELIGÊNCIA Nº 10. Ao tornarem a CLT absurdamente
grande e complexa e a Justiça do Trabalho aparelhada
para garantir a transferência de renda das empresas para
os trabalhadores acabaram afastando a contração legal de
empregados.
No Brasil existem 93,1 milhões de pessoas ocupadas,
sendo que apenas 33,3 milhões têm carteira assinada. E,
ainda assim, uma boa parte das que estão registradas e
que ganham remunerações mais elevadas, recebem a maior
parte por fora.
Porquê? Primeiro por causa do custo absurdo dos encargos
e benefícios sociais que faz com que a empresa gaste
mais que o dobro da remuneração paga ao empregado.
E, segundo porque, se entregarmos para um americano que
queira montar uma empresa no Brasil, o volumoso livro
impresso da CLT com seus 922 artigos e infinitos
parágrafos; com suas mais de 1.000 jurisprudências; e
com as suas mais de 500 súmulas que têm força de lei,
ele pega o primeiro avião e volta correndo para o seu
país de origem.
Segundo o SEBRAE, no Brasil existem 6,4 milhões de
estabelecimentos. Desse total, 99% ou 6,33 milhões são
micros e pequenas empresas (MPE) que respondem por 52%
dos empregos com carteira assinada no setor privado,
empregando 16,1 milhões de trabalhadores.
Agora, se dividirmos os 16,1 milhões de empregados com
carteira assinada pelas 6,33 milhões de micros e
pequenas empresas, chegamos que a média de empregados
por empresa é de 2,54.
É claro que essas micros e pequenas empresas não têm um
como manter um departamento jurídico trabalhista capaz
de orientá-las adequadamente sobre esse volume estúpido
de artigos, parágrafos, itens, jurisprudências, súmulas,
etc. na contratação dos empregados e acabam sendo
vítimas de expertos e abutres advogados trabalhistas que
lhes sugam o sangue até não poder mais.
A CLT e a Justiça do Trabalho se transformaram num
verdadeiro maná para os escritórios de advocacia que
arrecadam no mínimo 20% de R$ 18,6 bilhões ou R$ 3,72
bilhões por ano das ações trabalhistas. Eu digo mínimo,
porque tem escritório que chega a cobrar 50% e até mais
dos valores que conseguem obter para os empregados.
Mas, a coisa não fica por aí. Quando a empresa não tem
dinheiro para pagar a conta, os bens dos sócios vão a
leilão por 50% do valor real, locupletando os
especuladores arrematadores de leilões. Há várias
suspeitas de conluio nesse ambiente todo.
E, se tudo isso não for suficiente para pagar a conta, o
empresário vai à falência e fica devendo para o resto da
vida. Nunca mais poderá ter uma conta num banco, comprar
um carro, etc. que lhe são surrupiados. Ele passa a ser
um cidadão de 2ª categoria que precisa viver em nome de
terceiros para poder sobreviver.
Em toda e qualquer nação, são poucos os indivíduos que
possuem características empreendedoras. E o que a
Justiça do Trabalho faz é esterilizar o indivíduo que se
atreve a empreender e a gerar empregos. Porque, se o
negócio não der certo. E, muitos não dão, ele perde tudo
o que tinha, o que não tinha, fica devendo o que não tem
e ainda é condenado para o resto da vida.
Esse circo todo faz com que os empresários pensem cem
vezes antes de contratar um empregado, porque atrás do
empregado vem um advogado trabalhista que fica à
espreita para, no momento oportuno da dispensa,
extorquir a empresa.
Contratar um empregado no Brasil é quase o mesmo que
contratar um inimigo. É claro que toda essa legislação
estúpida, trava o desenvolvimento econômico e só serve
para enriquecer os funcionários públicos que trabalham
na Justiça do Trabalho e os advogados trabalhistas.
Na Argentina, esse circo todo, aliado aos poderosos
sindicatos, acabaram por transformar as indústrias
argentinas em micros empresas familiares que não
contratam empregados de jeito nenhum.
Resultado: Em 1928 a Argentina era a 6ª maior economia
do mundo e em 1940 tinha a 6ª maior renda per capita e
especulava-se que ela terminaria o século XX como uma
das 3 maiores economias do mundo.
Aí surgiu o populista Perón e sua mulher Evita (mãe dos
“descamisados” ...) e hoje a Argentina ocupa o honroso
cagagésimo lugar na economia mundial.
E, não se levanta mais, porque incontáveis
empreendedores argentinos e estrangeiros se foram do
país. O PIB de argentinos fora da Argentina é hoje maior
que o PIB argentino. Quem tinha dinheiro foi embora
empreender em outros países mais sérios.
Se o governo atual rasgar e jogar a CLT na lata do lixo
e desmontar o circo da Justiça do Trabalho, demitindo
seus 50.000 funcionários públicos e economizando os R$
18,5 bilhões por ano que esse circo custa aos
contribuintes, em apenas um (1) mês, acabará o
desemprego dos 12 milhões de trabalhadores que estão na
rua da amargura. Pode apostar nessa ideia.
O Citibank, um dos 5 maiores bancos americanos com
atuação em inúmeros países, vendeu suas operações de
varejo no Brasil, porque, entre outras coisas, ela
representava 1% do seu faturamento mundial e 98% das
ações trabalhistas mundiais. Faz sentido?
À exceção de alguns países socialistas, pouquíssimos têm
Justiça do Trabalho. Nos Estados Unidos não existem
“leis trabalhistas” e tampouco “Justiça do Trabalho”. As
pouquíssimas leis que regulam o trabalho fazem parte do
Código Civil e as eventuais ações trabalhistas são ações
cíveis como outra qualquer. A contratação e a dispensa
de empregados é tudo muito simples como deve ser. Porque
complicar para dar emprego a alguém?
Lá não existe “isonomia salarial”, não existe 13º
salário, FGTS, aviso-prévio, etc. As férias são de 12
dias por ano, desde que não haja faltas que são
descontadas das férias, já que não existe falta abonada
por atestado médico. Ficou doente, o problema é do
funcionário e não da empresa. A licença maternidade é
“NÃO REMUNERADA” (quer ter filho, o custo é do casal e
não da empresa ou dos contribuintes). E, por aí vai.
Nos EUA as empresas podem contratar o empregado para
trabalhar o número de horas que desejarem por dia. A
única coisa que precisam respeitar é o salário mínimo
que é de 7,5 dólares por hora. Mas duvido que alguém
consiga contratar um “peão de obra” por menos de 12
dólares a hora. Uma faxina residencial de umas 4 horas
não sai por menos de $ 120 dólares. Por isso tem um
monte de brasileiros com curso superior indo trabalhar
ilegalmente como faxineiro nos Estados Unidos.
Lá a relação patrão/empregado funciona de forma simples
e objetiva. Vale aquilo que for acordado entre o patrão
e o empregado e ponto final. E, cada caso é um caso.
O resultado é que os Estados Unidos sempre tiveram as
menores taxas de desemprego do mundo. Atualmente a taxa
de desemprego é de 3,5%, ou seja, pleno emprego e quase
todas as empresas têm placas nas portas e nos caminhões
de entrega oferecendo trabalho.
Que tal? Vamos rasgar e jogar no lixo a CLT e acabar com
a Justiça do Trabalho?
DESINTELIGÊNCIA Nº 11. É preciso redistribuir a renda,
porque o pobre é pobre porque o rico é rico
Que sofisma mais estúpido. Se o pobre fosse pobre porque
o rico é rico, nos Estados Unidos todo mundo seria
pobre, porque lá estão as maiores fortunas do mundo. Por
seu turno, não haveria pobreza nos países pobres da
África, porque lá não existem ricos. Dããã!!!
DESINTELIGÊNCIA Nº 12. É preciso redistribuir a renda,
porque os ricos ficam cada vez mais ricos e aumenta a
diferença para os pobres.
E, como poderia ser diferente?
Se um rico aplicar R$ 1 milhão a juros de 10% ao ano, no
final de um ano ele ficará R$ 100.000,00 mais rico. Por
seu turno, se o pobre aplicar R$ 1 mil aos mesmos juros
de 10% ao ano, no final de um ano ele ficará apenas R$
100,00 mais rico. É claro que a diferença de riqueza só
tende a aumentar. E, qual é o problema de alguém ganhar
dinheiro? Será que é tão difícil entender isso?
Mensagem final aos novos governantes
“Redistribuir a Renda” apenas pode fazer o rico ficar
pobre. E o pobre, ficar mais pobre ainda, porque não vai
haver investimento e não serão criados postos de
trabalho.
A desigualdade de renda é natural em qualquer sociedade.
Nos Estados Unidos, 10% das pessoas detém 75% da renda
nacional.
A desigualdade de renda se deve porque são poucos os que
sabem como ganhar dinheiro e como administrar
adequadamente o seu dinheiro. É por isso, que quando um
rico morre, seu patrimônio é distribuído entre seus
herdeiros. E, o que acontece alguns anos depois?
Geralmente, a fortuna evapora. Muito raramente ela passa
para as gerações futuras.
Em São Paulo o imigrante italiano Francesco Matarazzo
que chegou ao Brasil com uma mão na frente e outra
atrás, criou um verdadeiro império composto de 96
indústrias. Após sua morte, os filhos liquidaram 50
empresas e os netos se encarregaram de acabar com o que
restou. É por isso que tem o dito popular que diz: “pai
rico, filho nobre e neto pobre”.
A questão é que existe uma diferença comportamental
essencial entre os indivíduos, que faz com que alguns
poucos tenham mais facilidade de ficarem ricos e outros
muitos, de permanecerem pobres. Podemos definir isso
como empreendedorismo, arrojo e paixão pelo risco.
Mais, em geral o rico é um tipo racional, frio,
calculista, coloca o dinheiro acima de todas as coisas e
devido a esses atributos da personalidade, sabe
administrar bem o dinheiro para que ele cresça cada vez
mais.
O megainvestidor, Warren Buffett, é talvez, o maior
exemplo disso. Com uma fortuna pessoal avaliada em $ 81
bilhões de dólares em 2018 é o 3º homem mais rico do
mundo. Apesar disso, mora na mesma casa que comprou em
1957 por $ 31 mil dólares quando tinha 27 anos. Não
possui jatinhos particulares, compra ternos baratos,
come sanduiche no McDonald’s, usa transporte público e
sempre preferiu passar suas noites em casa comendo
pipoca e assistindo TV do que ir a festas.
A grande maioria das pessoas são incapazes de fazer
isso. A verdade é que o pobre não gosta de dinheiro. O
dinheiro faz cosquinha no bolso dele. Ele gosta do que
pode comprar com o dinheiro. Ele é muito mais emocional
do que racional. Por isso, qualquer dinheirinho extra
que cai na mão dele evapora na hora e ainda se endivida
até não poder mais para saciar sua sede de consumo.
Ademais da capacidade empreendedora, arrojo e paixão
pelo risco, aprender a ganhar dinheiro, aprender a
guardá-lo e aprender a administrá-lo para que cresça
cada vez mais é um comportamento e uma expertise para
poucos, até mesmo nos Estados Unidos, o país mais rico
do mundo.
O Instituto Hudson, um centro de estudos dos EUA,
relatou em 2017 que os 5% de lares americanos mais ricos
detinham 62,5% de todos os ativos nos Estados Unidos em
2013. Como consequência, os outros 95% da população
detinham apenas 37,5%.
Tirar do rico para dar ao pobre, além de não fazer o
pobre ficar rico, ainda dificulta enormemente o
desenvolvimento econômico, porque retira os recursos
excedentes que seriam canalizados à poupança, ao
investimento e na consequente geração de empregos,
dificultando ainda mais a vida dos pobres.
Tome nota: afora os altos executivos das multinacionais,
ninguém fica rico sendo remunerado apenas pelo seu
trabalho. O que torna o indivíduo rico é a remuneração
do seu investimento. Só que para isso, antes ele precisa
aprender a poupar e a administrar bem o seu dinheiro.
Se o indivíduo não consegue fazer uma poupança é porque
ele não sabe administrar o dinheiro, ainda que seja
pequenas quantias. Os imigrantes portugueses, italianos,
japoneses e tantos outros que imigraram para o Brasil
são uma prova disso: vieram para cá com uma mão na
frente e outra atrás e depois de alguns anos a maioria
acabou se tornando dono de seus próprios negócios. A
agricultura se desenvolveu pelas mãos dos imigrantes
japoneses, a indústria paulista se desenvolveu pelas
mãos dos imigrantes italianos, a indústria e o comércio
da panificação se desenvolveu pelas mãos dos imigrantes
portugueses, etc.
A questão é que se o indivíduo não sabe administrar
pequenas quantias, dificilmente ele saberá administrar
quantias elevadas. É por isso que a história mostra que
a maioria dos pobres que ganham na loteria, acabam
voltando a ser pobres alguns anos mais adiante.
Se, o Governo é efetivamente preocupado em fazer o pobre
ficar rico, então deveria se preocupar em ensinar o
oposto do que ensinam nas escolas: deveria ensinar
empreendedorismo, marketing, vendas e grande foco na
administração financeira, porque, pequenas poupanças,
bem administradas, podem se transformar em grandes
fortunas.
A ação de “redistribuir a renda”, também se caracteriza
como uma espécie de roubo institucionalizado usando a
caneta como arma, pois os governantes retiram do
contribuinte, contra a sua vontade, mas com a força da
lei, o dinheiro que ele conquistou com sua inteligência,
com o seu trabalho, com seu arrojo, com a sua assunção
do risco, etc.
Mas, não compete a nenhum Governo obrigar alguém a
distribuir sua renda. Essa espoliação não faz parte do
“acordo democrático” feito entre os contribuintes e o
governo.
Não foi para isso que se inventou o Governo.
Mas, este é um outro tema que fica para outra
oportunidade.
Prof. Faccin
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