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"O problema é saber qual é o problema"

 

No complexo mundo de hoje, muitos problemas se correlacionam entre si. Mas “correlação” não significa necessariamente “causalidade”. São coisas diferentes.

Correlação significa relação mútua, ou seja, que ambos os problemas se relacionam reciprocamente. Já, causalidade é a qualidade de causa e efeito. Ou seja, a qualidade de que um é a causa da existência do outro.

Por exemplo, a correlação entre o problema de falta de normas de padronização da produção e problema de falta de vendas.

É certo que existe uma certa correlação entre ambos os problemas, mas não existe causalidade entre ambos, já que o problema da falta de normas de padronização da produção não é a causa essencial do problema da falta de vendas.

E, por seu turno, o problema da falta de vendas não é a causa essencial do problema da falta de normas de padronização da produção. Afinal, a existência de um, independe da existência do outro.

Da mesma maneira, podemos afirmar que existe uma certa correlação entre o problema de uma empresa não ter um bom programa de gestão, ERP, e ter um problema de custos elevados.

Mas, também aqui não existe causalidade, pois um problema não é a causa essencial da existência do outro problema.

Afinal, uma empresa pode ter um bom programa de gestão e ter custos elevados. E outra empresa, pode não ter um bom programa de gestão e ter custos baixos. Ou seja, a existência de um problema não é necessariamente a causa da existência do outro problema, muito embora, ambos se correlacionem.

Numa organização empresarial, por motivos óbvios, apesar de muitos problemas se correlacionarem entre si, isso não significa necessariamente que uns sejam a causa da existência de outros.

Nos exemplos acima é fácil identificar que não há causalidade. Em outras correlações, todavia, a linha divisória entre correlação e causalidade é muito tênue e por isso, é comum sermos levados ao equívoco de supor que um problema é a causa da existência do outro.

E, quando um equívoco desses ocorre, podemos ser levados a querer resolver um problema na expectativa de solucionar o outro. Afinal, “se eliminarmos a causa, também eliminaremos os seus efeitos”.

Todavia, se um problema não é a causa da existência de outro, solucionar aquele, não irá solucionar este. E, pode até agravá-lo, seja pela falta de sua solução, seja porque a solução do problema errado ainda pode propiciar a criação de novos problemas.

Mr. Donald Trump, o novo presidente dos Estados Unidos, e mestre na tentativa de solução de problemas que não explicam a existência dos problemas que ele pretende resolver.

Ao longo da minha longa jornada profissional eu tenho visto inúmeras empresas gastarem muito tempo e dinheiro tentando solucionar problemas que não eram a causa dos problemas que queriam resolver.

Se a empresa está com problemas de vendas, então a causa deve ser procurada na estratégia de marketing, no departamento de vendas e na propaganda e não em outros lugares, como na “normatização da padronização da produção”. Afinal, se perdemos um objeto no quarto, não adianta irmos procurá-lo na cozinha, porque não vamos encontrar. Ele não está lá.

Outras empresas gastam um bom dinheiro e utilizam muito tempo dos funcionários com a aquisição e a implantação de um complexo programa de gestão, ERP, na expectativa de que ele, por si só, possa resolver seus problemas de custos elevados.

Não vai resolver, porque o problema da falta de um bom programa de gestão não é necessariamente a razão de ser do problema dos custos elevados.

E, por seu turno, o problema dos custos elevados não é necessariamente a razão de ser do problema da falta de um bom programa de gestão. Apesar de que, de alguma maneira, ambos estejam correlacionados, um não é a causa da existência do outro. Ou seja, não há causalidade nessa correlação.

Se a empresa está com problema de custos elevados, então ela está com problemas na engenharia dos processos produtivos ou operacionais. E, é lá que ela tem de procurar a solução do problema.

Porque é lá, e não num programa de gestão que ela:

     1. Poderá localizar e eliminar as etapas desnecessárias que agregam custos, mas que não agregam valor aos produtos sou serviços;
     2. Poderá localizar e tornar mais eficiente as etapas necessárias que agregam custos, mas que não agregam valor aos produtos ou serviços;
     3. Poderá localizar e tornar mais produtivas as etapas que agregam custos e também agregam valor; e finalmente,
     4. Poderá localizar e eliminar todos os desperdícios que em geral são elevadíssimos em todos os processos produtivos ou operacionais.

É preciso não perder de vista o fato de que hoje estamos vivendo a era da “commoditização da economia”, onde todos os produtos e serviços são rápida e fartamente copiados por uma concorrência numerosa e sem diferenças tangíveis significativas entre eles. E que exatamente por causa disso, o preço é quase que um dado do mercado.

Então, para ser competitiva e lucrativa (vender muito a preços de mercado) a empresa precisa de uma engenharia inteligente do processo operacional ou produtivo, que lhe permita fazer o mesmo que a concorrência faz, porém com menores custos; ou fazer mais, com os mesmos custos. Se conseguir isso, terá os custos sob controle e também terá mais facilidades nas vendas.

Para finalizar, é importante também ter em mente que o grande problema numa empresa dificilmente é a solução do problema em si, porque quase todos os problemas têm solução. O grande problema é saber exatamente qual é o problema a ser resolvido e agir especificamente sobre ele.

Se a sua empresa não está vendendo como gostaria, e ou, não está tendo o lucro esperado, procure a causa desses problemas no lugar certo.

Inventar moda não resolve o problema. Só faz gastar tempo e dinheiro com coisas que se correlacionam, mas que não se explicam. E, por isso, além de não resolver o problema, ainda pode criar outros problemas.

Agora, se você entender que a sua empresa está precisando de uma ajuda externa especializada para localizar e orientar adequadamente a solução da falta de vendas e ou de lucro, entre em contato conosco.

Consultoria externa é para isso mesmo: ajudar as empresas a resolverem problemas pontuais e inauditos.

Nos últimos 19 anos que nos especializamos no setor, já ajudamos centenas de empresas iguais à sua em todo o Brasil na eliminação de desperdícios, racionalização de custos, aumento das vendas, aumento dos preços e aumento dos lucros.

 

Prof. Faccin
 

 
 
 
 
 

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