Se por hipótese absurda o Governo
fosse capaz de acabar com o furto e o roubo em 24 horas,
criar-se-ia um caos social.
A taxa de desemprego iria explodir e a questão passaria
a ser: como alimentar as dezenas de milhões de ladrões
comuns que não têm instrução e nem profissão?
As cadeias existentes estão superlotadas, por isso
existe mais de um milhão de mandatos de prisão sem
cumprir porque não há lugar nas cadeias. Por outro lado,
não há dinheiro para construir novas cadeias com
capacidade para encarcerar algumas dezenas de milhões de
ladrões. Tampouco, haveria dinheiro para sustentar essa
turma toda na cadeia.
Dessa forma, a menos que o Governo criasse o “Bolsa
Ladrão”, essa gente toda não teria alternativa a não ser
voltar a furtar e roubar novamente para poder
sobreviver.
Mas, o problema não reside exatamente na criação do
Bolsa Ladrão, até porque ela asseguraria ao Governo
algumas dezenas de milhões de votos a mais. O maior
problema para a criação desse tipo de bolsa é que os
ladrões, acostumados a uma vida faustosa, não iriam
aceitar uma bolsa de valor semelhante ao do Bolsa
Família. Teria de ser uma bolsa do tipo “Bolsa
Petrobrás”. Mas, não há dinheiro para isso. Os ladrões
políticos e os ladrões de colarinho branco que orbitam
as verbas governamentais já furtaram tudo e quebraram o
Governo.
Em outras palavras, como não podemos fuzilar essas
dezenas de milhões de ladrões, porque o Governo retirou
nossas armas, sim ou sim, vamos ter de continuar
sustentando essa gente toda com os nossos bens através
dos furtos e roubos diários a que somos vítimas.
E, como se tudo isso fosse pouco, se o Governo fosse
capaz de acabar com o furto e o roubo em 24 horas, o
Brasil entraria em recessão profunda, porque o Governo
alicerçou o desenvolvimento socioeconômico
brasileiro no crime contra o patrimônio.
Apesar de parecer surreal, é real: trabalhando tipo
formiguinha, incessante e sorrateiramente, 24 horas por
dia 7 dias por semana, as dezenas de milhões de ladrões
estão transformando o furto e o roubo no principal
alicerce da política governamental de:
- Redistribuição de Renda;
- Geração de Emprego; e
- Desenvolvimento econômico.
Confira a importância do
furto e do roubo no projeto governista de
redistribuição de renda.
Se os ladrões tomam para si os bens furtados ou
roubados, na prática eles estão “redistribuindo a renda”
da vítima; se vendem os bens furtados ou roubados, eles
também exercem uma função social, pois ao venderem esses
bens por um “preço social”, permitem aos cidadãos de
menor poder aquisitivo adquirir “socialmente” bens que
“economicamente” não poderiam adquirir.
Confira a importância do furto e do roubo no projeto
governista de geração de emprego.
Os ladrões geram emprego na Polícia, na Justiça, nos
meios de comunicação, nas empresas de segurança, nas
seguradoras, no comércio em geral que revendem
mercadorias furtadas e roubadas, nas indústrias que
precisam produzir mais para repor os bens furtados e
quando eles ferem ou matam a vítima ainda geram empregos
nos hospitais, nas farmácias, nas funerárias, nos
cemitérios, nas igrejas, etc. A cadeia produtiva direta
ou indiretamente ligada ao crime contra o patrimônio é
enorme.
Confira a importância do furto e do roubo no projeto
governista de desenvolvimento econômico.
Quando alguém tem seu carro, celular, notebook,
televisão, etc. furtado ou roubado, tão logo quanto
possível trata de comprar um bem novo e isso faz girar a
roda da economia.
Em média, algo em torno de um milhão de veículos são
furtados ou roubados por ano no Brasil e isso representa
quase um terço da produção automobilística que responde
por 5% do PIB.
Imagine o caos econômico que se instalaria no Brasil se
os ladrões não forçassem as pessoas a reporem seus bens
furtados ou roubados?
Bem, ampliar esse tema tornaria este artigo um livro de
centenas de páginas, o que não é o nosso objetivo.
Apenas estamos buscando, através destas linhas, chamar a
atenção da sociedade para uma realidade perturbadora que
a meu ver não tem solução imediata, porque dificilmente
um ladrão acostumado a uma vida faustosa aceitaria mudar
de vida para voltar a viver na pobreza.
Não vai mudar. E, não há como mudar essa realidade no
curto prazo. Mudar essa realidade demandará algumas
gerações (se é que algum dia se poderá mudá-la).
Para tentar reverter esse quadro seria necessário
investir-se pesado na educação das crianças para que
elas pudessem ter um futuro diferente do dos seus pais.
Origem desse fenômeno.
Devido à longevidade da minha vida e, portanto como
participe da história recente do Brasil, eu estou
convencido de que esse processo de transformação da
“educação de berço” e da subversão do conceito de
dignidade, dos valores éticos e morais e do
enaltecimento da contracultura no Brasil teve início dos
anos 80s.
Nesse período teve início a flexibilização do regime
militar, com a desastrada ‘abertura’ patrocinada pelo
Gen. Figueiredo, a qual propiciou a volta à cena
política dos comuno-socialistas exilados no passado do
tipo Zé Dirceu, Genoíno e Cia.; facilitou o surgimento
dos movimentos ditos ‘sociais’, que sob a batuta do
operário sindicalista Lula, começou a incitar o
movimento grevista, a promover a luta de classes, a
estigmatizar as ‘elites’, a taxar os empresários como
responsáveis pela pobreza do povo, a pregar a invasão
das propriedades rurais e prédios públicos, a pregar a
tal da ‘redistribuição’ da renda e como se tudo isso
ainda fosse pouco, transformou o Brasil numa República
Sindical.
Consequências previsíveis desse fenômeno.
A agressão a que estamos sendo vítimas hoje é resultado
dessa irresponsabilidade sem limites desses
aproveitadores das pessoas carentes. Quando se incita a
violência perde-se o controle dos fenômenos que ela
desencadeia. O resultado é esse que estamos vendo.
Toda nação é formada por indivíduos iniciadores e por
indivíduos seguidores, numa proporção de uns 20% / 80%,
respectivamente, sendo que os iniciadores são os que
geram empregos para os seguidores.
A história demonstra claramente que em todos os países
onde os iniciadores foram maltratados, eles simplesmente
emigraram para outros países que os trataram bem.
O resultado é o desemprego massivo e a miséria nesses
países hostis ao empreendedorismo e ao capital. É só ver
a miséria que se instalou em todos os países que
maltrataram os empreendedores e adotaram o comunismo e o
socialismo como a União Soviética, a China comunista do
Mao Tsé-Tung, Cuba, Coréia do Norte, Venezuela, etc. “Quase
metade dos compradores latinos de imóveis na Flórida é
venezuelanos, 87% dos quais pagam em dinheiro vivo. Diz
a corretora International Sales Group ao jornal Folha de
São Paulo de 11/05/2015”.
A República Sindical Argentina não tem mais conserto. Os
empresários se foram definitivamente gerar riqueza em
outros países que os receberam de braços abertos.
Estima-se que hoje o PIB gerado pelos argentinos que
empreendem fora da Argentina seja maior que o PIB gerado
dentro da própria Argentina. O resultado disso é que os
que ficaram na Argentina, os seguidores, não têm mais
onde e para quem trabalhar. E, sem trabalho, a miséria e
a violência vicejam rapidamente.
E, o pior é que os empreendedores brasileiros estão
começando a emigrar seus capitais para fora do Brasil.
Nunca se vendeu tantos imóveis a brasileiros nos Estados
Unidos como se vende atualmente.
Tem sido comum eu ouvir explicitamente de empresários
que eles estão preparando seus filhos para irem viver
fora do Brasil e muitos deles estão vendo como fazer
para deixar o Brasil, porque aqui sentem que não têm
mais como viver. Somos agredidos, humilhados, furtados e
roubados na rua, em casa, no trabalho, no clube, na
Igreja, e em qualquer canto que se vá.
O problema é sério e exige que as pessoas de bem e que
amam seu país comecem a se mobilizar de verdade para ver
como será possível reverter esse quadro o mais rápido
possível, antes que a nação de brasileiros se desintegre
por completo.
Prof. Faccin
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