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Veja porque as empresas brasileiras têm dificuldade de ter um lucro saudável.

 

  Neste ano, os 153 milhões de trabalhadores americanos estão ajudando os EUA a produzir um PIB de 21 trilhões de dólares, ou 137 mil dólares por trabalhador.

  Neste mesmo ano, os 91 milhões de trabalhadores brasileiros (empregados) estão ajudando o Brasil a produzir um PIB em torno de 1,7 trilhão de dólares, ou 19 mil dólares por trabalhador.

Nessa comparação simples fica fácil entender que, se com essa produtividade de 19 mil dólares por trabalhador, o Brasil quisesse gerar um PIB igual ao dos EUA de 21 trilhões de dólares, iria precisar ter algo em torno de 1.100 milhões de trabalhadores (1,1 bilhão) e não apenas 91 milhões (resultado de 21 trilhões dividido por 19 mil).

Essa disparidade na produtividade da mão de obra se pode observar até mesmo, em menor escala, nas empresas de alta tecnologia. Por exemplo, a fabricante de aviões Boeing está se associando com a nossa Embraer para fabricar os seus aviões. Agora, veja a diferença de produtividade.

Em 2017 a Boeing faturou 93,1 bilhões de dólares com 141.300 empregados, ou seja, um faturamento de 659 mil dólares por empregado.

Em 2017 a Embraer faturou 4,8 bilhões de dólares com 18.400 empregados, ou seja, um faturamento de 261 mil dólares por empregado.

Então, com esse faturamento de 261 mil dólares por empregado, se a Embraer quisesse faturar os mesmos 93,1 bilhões de dólares da Boeing, ela teria de ter 356.704 empregados e não os 141.300 que a Boeing tem. Apesar de a Embraer ser considerada exemplo de investimento em qualificação da mão de obra.

Essa baixa produtividade da mão de obra brasileira dificulta enormemente as empresas de todos os tipos de terem um lucro saudável porque quase todo o faturamento serve praticamente para cobrir os custos da mão de obra, com seus benefícios, encargos presentes e futuros e outros custos mais relacionados à mão de obra.

No caso das empresas prestadoras de serviços, como é o caso das empresas de segurança, cujo faturamento é todo gerado pelo serviço prestado pelos seus funcionários, vários estudos indicam que em muitos casos, esse custo da folha de pagamento chega a ser até 20% maior que o faturamento delas e só não é sentido de imediato, porque parte desse custo só terá de ser pago no futuro, como 13º salário, férias, aviso-prévio, indenizações, etc.

Em outras palavras, muito daquilo que sobra no caixa das empresas no mês a mês e que elas pensam ser lucro, na realidade é dinheiro dos encargos futuros que pertence aos empregados.

É por isso que hoje, mais de 90% das empresas prestadoras de serviços não teriam condições de fechar as portas de uma hora para outra, porque não têm cacife para quitar o passivo trabalhista e tributário.

Essa situação esdrúxula está levando muitos empresários a buscar compradores que levem de graça suas empresas a troco de assumirem as dívidas trabalhista e tributária.

Um absurdo inimaginável para um país que precisa crescer desesperadamente. Isso é muito grave e precisa ser corrigido com urgência, antes que seja tarde demais.

Agora, para corrigir esse problema é preciso fazer-se uma engenharia reversa, partindo-se do efeito (baixa produtividade) para se chegar à causa, ou causas geradoras desse fenômeno.

A meu ver, a primeira causa é o péssimo nível da educação fundamental e média. A segunda causa é a péssima formação superior. E terceira causa é dificuldade técnica e financeira das empresas para capacitar e treinar sua mão de obra.

Analisemos a primeira causa. São nos dois ciclos básicos da vida educacional (ensino fundamental e médio) que a criança e o adolescente adquirem várias habilidades essenciais para o desempenho futuro como profissional e como cidadão, porque são nesses ciclos que eles desenvolvem:

          1. Raciocínio lógico-matemático que é essencial na resolução de uma infinidade de problemas que nos são apresentados no dia a dia profissional, desde os mais simples, como o abaixo, de raciocínio intuitivo aritmético (e que geralmente as pessoas erram), aos mais complexos que exigem equacionamento e raciocínio algébrico.

     • Um pirulito e uma bala custam R$ 1,10.

     • O pirulito custa um real a mais que a bala.

     • Quanto custa a bala?

          2. Raciocínio lógico-verbal oral e escrito que permite ao indivíduo expressar suas ideias de forma coerente e organizada seja através da fala como da escrita. E, também, que permite-lhe entender o que é dito ou escrito pelos outros.

          3. Entendimento de física que permite ao indivíduo entender uma grande quantidade de fenômenos do cotidiano, inclusive o funcionamento de máquinas e aparelhos que estão cada vez mais presentes no dia-a-dia profissional.

         4. Cultura geral que permite ao indivíduo ter todo aquele complexo de conhecimentos que inclui as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade.

E, infelizmente, o ensino fundamental e médio no Brasil é muito deficiente, por isso os jovens brasileiros de 15 anos se classificam sempre por volta da 63ª posição no ranking do PISA que engloba 70 países na avaliação de conhecimentos em matemática, física e leitura.

E, no que se refere a educação profissional, apenas 10% dos jovens brasileiros entre 15 e 17 anos recebem educação técnico-profissional. No Japão, são 70%. O mesmo índice da Finlândia. E, na Áustria, são 76%.

A segunda causa é a deficiente formação superior. Veja:

  • 80% dos formandos em direito não conseguem interpretar um texto (imagine um advogado não saber interpretar as leis...);
  • 80% dos médicos recém-formados em 2016 não souberam interpretar uma simples radiografia numa prova feita pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo;
  • Entre todos os formados do ensino superior, menos de 5% são engenheiros. Estudos indicam que mais de 50% dos estudantes de Engenharia abandonam o curso e a principal causa da evasão apontada é a deficiência na formação básica em Matemática e Ciências.

Resumindo: poucos jovens chegam ao mercado de trabalho realmente bem formados e esses são rapidamente sugados pelas empresas multinacionais e brasileiras de grande porte.

O que sobra para as micos, pequenas e médias empresas que representam 99% do total, são jovens com uma base educacional muito deficiente.

A terceira causa é devida ao fato de que para as micros, pequenas e médias empresas brasileiras, montarem e principalmente manterem um centro de capacitação e treinamento de alto nível é inviável técnica e financeiramente e por isso, estas são as que mais sofrem com a baixa produtividade da sua mão de obra e a consequente falta de lucro.

No caso das empresas de segurança que se lançaram na segurança eletrônica, o problema é ainda muito mais grave, porque é um setor em que a alta tecnologia está se desenvolvendo a passos gigantescos.

E, sem os conhecimentos básicos da física relativos à radiação eletromagnética nas suas várias frequências, o empregado tem muita dificuldade de entender o funcionamento de toda a complexidade do funcionamento dos equipamentos e dispositivos de alarme e vídeo. E, o resultado é mostrado nos custos provenientes dos bem mais de 99% da alarmes falsos que chegam às Centrais de Monitoramento diariamente.

Foi para ajudar as empresas de segurança a suprir essa necessidade que eu criei o Centro de Treinamento Multiusuário On-line 24h.

Uma maneira prática, rápida, ultra eficiente e de baixíssimo custo para que as empresas possam capacitar e treinar toda a sua mão de obra.

Procure conhecê-lo melhor, porque ele poderá ajudar muito a sua empresa a reduzir custos, aumentar os preços, aumentar as vendas e os lucros.

Prof. Faccin

OBS – Resultado do probleminha: “a bala custa 5 centavos e não 10 centavos como alguns podem ser levados a pensar, quando fazem um cálculo rápido e intuitivo”.

 

 
 
 
 
 

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