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Começar um negócio está cada vez mais fácil. Lucrar com o negócio está cada vez mais difícil


Sei que hoje em dia as pessoas não dispõem de muito tempo para leitura, porque conforme pesquisa encomendada ao IBOPE pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), divulgada no dia 07/03/14, o brasileiro fica em média 03h39min por dia, de segunda-feira a sexta-feira, navegando na Internet e 03h29min assistindo televisão. Nos finais de semana, as médias são 03h43min e 03h39min respectivamente.

O Ibope ouviu 18.312 pessoas em 848 municípios entre os dias 12 de outubro e 6 de novembro de 2013, para coletar os dados que compõem a "Pesquisa brasileira de mídia 2014 - Hábitos de consumo de mídia pela população brasileira".

Todavia, apesar da falta de tempo, sugiro que você encontre um tempinho para ler este texto porque ele poderá ser muito útil para o futuro da sua empresa. Para ler outros artigos do Prof. Faccin acesse o link www.faccin.com.br

Começar um negócio está cada vez mais fácil.

Antigamente era difícil fazer qualquer coisa e mais difícil ainda conseguir dinheiro para por qualquer ideia em prática. Hoje, tudo isso mudou. A tecnologia virou commodity que se compra pelo preço; novos bens e serviços se multiplicam em progressão geométrica e numa velocidade inimaginável; e num único dia, mais de um trilhão de dólares gira o mundo em busca de oportunidades de negócios rentáveis.

Não é por outro motivo que não seja pela facilidade de se obter tecnologia; de se obter bens de produção; de se prestar novos serviços; e de se obter capitais, que a concorrência se alastrou desmesuradamente em todos os segmentos.

Com o barateamento das impressoras 3D, fresadoras CNC, roteadoras CNC, cortadoras a laser, cortadoras de vinil, escâneres 3D, etc. em poucos anos mais as fabricas caseiras abundarão como água, como hoje abundam os desenvolvedores de aplicativos para o mundo virtual.

Lucrar com o negócio está cada vez mais difícil.

O articulista do jornal The New York Times, Jeremy Rifkin, na edição de 15/03/14 escreveu o artigo “The Rise of Anti-Capitalism” (A ascensão do anticapitalismo) onde ele indaga como funcionará a economia baseada no lucro no futuro imediato, já que muitos bens e serviços estão chegando a um custo marginal quase zero.

Segundo ele, o dinamismo inerente aos mercados competitivos está fazendo com que muitos bens e serviços estejam se tornando abundantes, quase livre de custos marginais e não mais sujeitos às forças do mercado.

O estudo à distância é um bom exemplo disso: em poucos anos mais ele se sobreporá enormemente ao ensino presencial e como o custo de um aluno a mais (custo marginal), conectado na internet é praticamente zero, o preço das mensalidades irá cair muito, mas muito mesmo.

As melhores universidades do mundo, entre elas Harvard, MIT, Princeton, Colúmbia, etc. já disponibilizam na internet os mesmos cursos presenciais e não cobram nada para quem quiser aprender. Apenas cobram se o indivíduo quiser fazer o exame para obter o certificado.

Nesse ambiente virtual, como farão para sobreviver as faculdades presenciais menos seletivas e as inúmeras de qualidade duvidosa que se espalharam pelo Brasil?

Os custos de produção estão baixando tanto que muitos produtos, como telefones celulares, por exemplo, já são ofertados grátis (comodato) em troca da prestação de serviços.

O mesmo está se dando também em relação aos equipamentos de alarme e de vídeo que em muitos casos já estão sendo ofertados grátis em troca dos serviços de monitoramento.

Os chineses estão fabricando e vendendo câmaras de vídeo a partir de 10 dólares e por uns poucos dólares a mais, também câmaras IP wireless.

E tudo indica que em pouco tempo mais esses equipamentos de alarme e vídeo serão tão baratos e tão “plug and play” que os próprios interessados poderão comprá-los pela internet, instalá-los facilmente no seu imóvel e monitorá-los em seus smartphones.

E da mesma forma que a maioria dos apps para aparelhos móveis hoje é vendida a preços irrisórios ou mesmo ofertada grátis, muitos produtos que serão fabricados nas máquinas 3D terão um custo quase zero. Às vezes apenas ao custo da matéria prima reciclada e da energia gasta para fazer a máquina funcionar, já que os desenhos em 3D estarão disponíveis livres de pagamento na internet.

A internet das coisas, uma nova plataforma de tecnologia está começando a conectar tudo e a todos. E, já conta hoje com mais de 11 bilhões de sensores ligados aos recursos naturais, linhas de produção, rede elétrica, redes de logística e fluxo de reciclagem, e estão implantados em residências, escritórios, lojas e veículos, alimentando grandes volumes de dados, etc.

Em janeiro deste ano de 2014 o Google anunciou a aquisição da Nest Labs, fabricante de termostatos inteligentes e alarmes de fumaça, por US$ 3,2 bilhões em dinheiro.

A Nest fabrica um termostato inteligente capaz de aprender o comportamento do usuário, que detecta se há alguém em casa usando sensores de temperatura, umidade, atividade e luz. O display é interativo, com a tela LCD e com conexão à internet para monitoramento do clima local.

Os termostatos fabricados pela empresa podem ser controlados à distância por dispositivos móveis e os detectores de fumaça ”falam” e são interrompidos com um gesto. Em outras palavras: o Google já está entrando nesse negócio de monitoramento das coisas que guarnecem as nossas casas.

Em 2020, prevê-se que pelo menos 50 bilhões de sensores vão estar conectados ao redor do planeta. Mas, 2020 já está aí, batendo na porta.

Nesse novo ambiente, qual será o papel das empresas de monitoramento de alarme, por exemplo, se os próprios clientes já estarão monitorando 24/7 tudo o que houver dentro do seu imóvel, inclusive alarme, vídeo, etc. no seu smartphone ou tablete?

No passado quando não existia a transmissão de imagens, os clientes precisavam das empresas de monitoramento. Todavia, hoje, se for só para monitorar o alarme e informar o cliente que o imóvel dele esta sendo assaltado e chamar a polícia, o próprio cliente poderá fazer isso vendo as imagens em seu celular sem custo e sem o incômodo do excesso de alarmes falsos.

É para se pensar seriamente sobre que serviços essas empresas de monitoramento poderão prestar no futuro imediato, quando o monitoramento simples de alarme for algo tão trivial que deixará de ser preciso uma empresa para fazer isso.

É preciso ter em mente que as necessidades dos clientes estão mudando radicalmente e grande parte dos serviços que essas empresas estão prestando hoje não será mais necessária no futuro imediato.

Então, o quê essas empresas poderão fazer no futuro imediato para terem uma sobrevida indefinida?

A resposta está na economia e no marketing

Para garantir a sobrevivência à avalanche de transformações que estão se dando nas necessidades do mercado, toda e qualquer empresa precisará se apoiar firmemente em duas ciências extremamente complexas e decisivas: economia e marketing.

Disse complexas, primeiro porque ambas são ciências cujos experimentos não se pode testar em laboratório e segundo, porque ambas as ciências estão sujeitas ao “humor” dos humanos.

Nós humanos reagimos aos estímulos com raciocínios lógicos, mas também reagimos com raciocínios superficiais, com base na intuição, na imaginação, no hábito, no instinto, na imitação (efeito manada), nas emoções, nas superstições, nas crenças, nos dogmas, etc.

É por isso que o mercado nem sempre reage como esperamos. É por isso também que muitos planos econômicos e de marketing fracassam.

Também disse decisivas, porque serão elas que poderão dizer para onde as coisas estão indo, o quê fazer e para quem fazer.

Por falta de uma divulgação mais eficiente por parte da Ordem dos Economistas sobre o campo de abrangência das Ciências Econômicas, a maioria dos empresários é levada ao equívoco de supor que o campo de atuação dos economistas é apenas o governamental e o financeiro. Por isso, raramente se vê alguma empresa de pequeno ou médio porte com um competente Departamento de Economia montado.

Grave e prejudicial equívoco, porque dificilmente alguma organização, seja ela de que tipo for, consegue ser rentável e longeva sem dispor de um competente Departamento Econômico.

Entre outras coisas, é devido fundamentalmente aos seus extraordinários departamentos de economia que os cinco bancos mais atuantes no Brasil registraram um lucro líquido de mais de R$ 50 bilhões em 2013 e as 10 empresas mais rentáveis atuantes no Brasil tiveram um lucro líquido de mais de R$ 22 bilhões em 2012 (ainda não disponho dos dados de 2013).

Eu diria que a economia é a ciência do lucro e que evita o prejuízo. Por isso, não são sós os bancos e as grandes empresas precisam ter um departamento econômico de alto nível. Todo tipo e tamanho de empresa precisa. Seja ela com fins lucrativos como provavelmente é a sua, ou sem fins lucrativos, como as organizações sociais, políticas, clubes, igrejas, etc.

A questão é que a economia é, por excelência, a ciência da medição do comportamento dos agentes econômicos; da transformação dessas medições em informações; da análise e da interpretação dessas informações; e da detecção de frequências e padrões comportamentais que permitam inferir tendências.

Utilizando-se de técnicas econométricas ou de modelos avançados de cálculos matemáticos e com o uso de dados estatísticos, os economistas medem qualquer coisa que tenha algum valor econômico, como por exemplo, o comportamento de compra dos clientes, a evolução da taxa de conquista de novos clientes, a evolução da taxa de perda de clientes, a evolução da taxa de rotatividade dos clientes, a evolução da taxa de retenção de clientes, a evolução do preço médio, a evolução do custo médio de servir ao cliente, a margem de contribuição, o ponto de equilíbrio, o custo médio de conquista dos clientes, a rentabilidade esperada por cliente novo conquistado, ou seja, tudo, mas absolutamente tudo que possa ter algum valor econômico e que serve para os empresários terem uma visão clara e precisa do que está se passando na empresa e para onde as coisas estão indo, de forma a permitir-lhe tomar as providências necessárias para a devida correção dos rumos.

Dessa forma, se a empresa não tiver um competente Departamento de Economia ficará sem saber o que está de fato gerando o lucro ou o prejuízo e sem saber para onde as coisas estão indo.

O Marketing é a Ciência que utiliza as informações e as tendências detectadas pela economia para criar estratégias que permitam à empresa atender às necessidades mutantes do mercado a cada momento e desenvolve ações que levam à conquista de novos clientes lucrativos e à manutenção desses clientes conquistados na empresa, pelo maior tempo possível.

Em breves palavras, marketing é tudo, mas absolutamente tudo, o que uma empresa faz com o objetivo de conquistar e manter clientes lucrativos, como estratégias de posicionamento mercadológico, logística de abrangência do mercado, desenvolvimento de produtos e serviços, propaganda, branding (marcar a marca), vendas, pós-vendas, telemarketing, mala direta, SAC, administração de vendas, treinamentos em geral, etc., ou seja, tudo, mas tudo mesmo que é feito com o objetivo de conquistar e manter clientes.

Assim, a economia mostra o que está acontecendo e para onde as coisas estão indo e o marketing mostra o que fazer, e faz, para que a empresa possa ir se adaptando a cada momento às transformações do mercado e seguir uma rota segura de crescimento robusto, sustentado e lucrativo.

Sem a economia para dizer o que está acontecendo e para onde as coisas estão indo, o marketing fica perdido, porque a economia é a “bússola” do marketing. Sem ela o marketing não sabe o que fazer e para onde ir. E, sem o marketing, a economia se torna inócua, porque apenas mostra o que está acontecendo e para onde as coisas estão indo, mas não tem o agente transformador que é o marketing.

É a interação e a integração da Ciência Econômica com a Ciência do Marketing que permite à empresa ter uma sobrevida lucrativa e indefinida.

Agora, se você não seria capaz de contratar um estagiário de medicina ou um médico recém-formado para operar o seu cérebro, também deveria proceder da mesma maneira em relação a sua empresa nas áreas econômicas e mercadológicas.

Ou seja, não basta a empresa contratar apenas um estagiário ou um recém-formado em economia e marketing para comandar o Departamento Econômico e o Departamento de Marketing. Eles podem e devem ajudar, mas não dirigir. Estas ciências são por demais complexas e por isso exigem muito e múltiplos conhecimentos, muita experiência, muita prática e muita vivência.

Dizem que Thomas Edson fez milhares de experimentos em laboratório até conseguir fazer brilhar a luz elétrica. Mas as estratégias econômicas e mercadológicas não podem ser testadas em laboratório.

Infelizmente, o “laboratório” da economia e do marketing são os próprios agentes econômicos ou o próprio mercado. É por isso que uma vez implantado um plano, se ele der errado, é prejuízo na certa.

Não é por outro motivo que não seja pela necessidade de esses estudos e estratégias serem feitos e implantados por quem já aprendeu muito com os seus próprios erros no passado que se sua empresa não tiver cacife para contratar um bom Diretor de Economia e um bom Diretor de Marketing, o melhor é terceirizar. É mil vezes mais sensato contratar os serviços “part-time” de uma boa consultoria especializada nessas áreas do que entregar esses departamentos a jovens inexperientes. Como diz o velho ditado: “quem não tem cão, caça com gato”. Mas, caça! Isso é o importante.

Se precisar de ajuda para descobrir o que está acontecendo no seu mercado e na sua empresa e elaborar uma estratégia de marketing e vendas que possam dar à sua empresa uma sobrevida lucrativa e longeva, entre em contato conosco. Consultoria é para isso mesmo: “ajudar as empresas a resolverem problemas incomuns”.

E, por estarmos a 15 anos assessorando exclusivamente centenas de empresas de segurança de todos os tipos em todo o Brasil, mas principalmente do segmento eletrônico, fazemos tudo o que precisa ser feito com muita competência, rapidez, praticidade e simplicidade, como convêm ao mundo de hoje!



 

 

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