Como disse Abraham Lincoln,
16º Presidente dos Estados Unidos (1861-1865), “O homem
que decide parar até que as coisas melhorem, verificará
mais tarde que aquele que não parou e colaborou com o
tempo estará tão distante que jamais poderá ser
alcançado”.
Para surpresa de ninguém, o Brasil teve sua nota
rebaixada por uma agência de classificação de risco e
passou de grau de investimento para grau especulativo. É
claro que durante um curto período de tempo os
especuladores vão ganhar e perder dinheiro com isso. E é
claro também que o Governo terá de lidar com alguns
problemas sérios adicionais. Mas nem o Brasil vai acabar
por causa disso e nem a sua empresa precisa acabar por
causa disso.
Veja, o PIB brasileiro de 2014 somou R$
5.521.000.000.000,00 (5,52 trilhões de reais). Estima-se
que este ano de 2015 ele seja uns 2% ou 3% menor, ou
seja, algo em torno de uns 5.383.000.000.000,00 (5,38
trilhões de reais).
Então, por maior que seja sua empresa, o que ela precisa
para sobreviver a essa “crise” atual é apenas dar uma
mordidinha nessa montanha toda de dinheiro! Será que ela
não vai ser capaz?
Pode apostar que sim. O que estamos vivenciando hoje é
“café pequeno” perto de tudo o que o nós já vivenciamos
no passado. E, sobrevivemos! Afinal, nenhuma economia do
mundo cresce linearmente. Sempre houve e sempre haverá
altos e baixos.
Ao longo da minha jornada de vida eu vivenciei todo tipo
de crise: ainda jovem, mas já como dono de loja de
discos em São Paulo, eu senti os efeitos da crise
econômica e política que levou os militares ao poder em
1964; vivenciei o período político crítico que culminou
com o Ato Institucional nº 5; sobrevivi às várias crises
do petróleo; ao racionamento de combustíveis; à
proibição de importações; a nove (9) troca de moedas
brasileiras; à inflação de 131 bilhões por cento (isso
mesmo) em apenas 15 anos (1980 a 1994); aos sete (7)
choques econômicos em apenas oito (8) anos (1986 a
1994); ao calote na dívida externa em 1986; à declaração
de moratória do Brasil em 1987; ao pedido de empréstimo
ao FMI feito pelo Brasil; à década perdida dos anos
1980; ao sequestro do dinheiro do povo feito pelo
Presidente Collor; à crise política e econômica que
resultou no impeachment do Presidente Collor nos anos
1990; ao arrocho do governo FHC para botar a casa em
ordem até o início dos anos 2000; à brutal elevação da
carga tributária no governo Lula; à farra com o dinheiro
público no governo Lula; ao assalto ao dinheiro público
nos escândalos do mensalão, petrolão e tantos outros ãos
que estão pipocando por aí; e como você, estamos
sobrevivendo à insensatez atual do governo Dilma.
Mas, não foi só no Brasil que eu tive de lidar e
sobreviver a todo tipo de crise. Trabalhei dezoito (18)
anos em vários países e na Argentina não foi melhor que
no Brasil. Pelo contrário. Chegamos a ter 213% de
inflação ao mês. E, para sobreviver tivemos de inventar
duas moedas próprias, a OTA (OTN Argentina...) e, como
eles gostavam muito de vinho, em outra crise inventamos
a UVA (Unidade de Valor do Anúncio...), porque, de outra
forma, não teríamos como sobreviver. Se vendêssemos
contratos em qualquer moeda que não fosse a nossa,
perdíamos dinheiro.
Como você acabou de ver, eu vivi todo tipo de crise no
Brasil e em outros países. Foi fácil? Claro que não. Foi
difícil pra caramba. Tive de trabalhar como um burro de
carga. Mas, sobrevivi. Tanto que estou aqui escrevendo
estas linhas para dizer a você, que nada resiste ao
trabalho duro e inteligente. Nem a complicada situação
atual.
Tão logo esse tema da “crise da classificação de risco”
comece a perder interesse pela sociedade, a imprensa
buscará outros temas que possam “dar Ibope” para vender
jornais e a sociedade voltará a se concentrar naquilo
que é essencial à sua sobrevivência: o trabalho.
Afinal, com crise ou sem crise, as pessoas irão ter de
continuar comendo, se vestindo, se deslocando, etc. Ou
seja, a vida vai continuar. Poderá ser um pouco menos
confortável, mas vai continuar.
É certo que alguns setores serão mais afetados que
outros, mas ainda assim, com um pouco de criatividade
(inventar a UVA...) e trabalho duro na área de marketing
e vendas dá para sobreviver.
Todo mundo estava esperando que o Brasil só fosse ser
rebaixado no ano que vem. Então, foi bom que isso se deu
agora. Assim, acaba de vez com essa imobilidade
provocada pela expectativa do rebaixamento e poderemos
arregaçar as mangas e voltar ao trabalho mais
rapidamente.
Também, esse rebaixamento por apenas uma das três
agências de risco foi um ótimo aviso aos políticos para
que parem de brincar porque a coisa é séria. Afinal,
ainda temos o grau de investimento nas outras duas
agências e se o Governo se apressar e apresentar logo um
plano de corte de gastos e começar a trabalhar com
seriedade para equilibrar as contas públicas é possível
que o estrago não aumente ainda mais.
Mas, vamos deixar isso para os políticos resolverem. De
nossa parte, o que podemos fazer é trabalhar duro e com
inteligência para não deixar que as nossas empresas se
afundem com essa trapalhada toda.
Novamente, convido você a meditar sobre o que disse o
Abraham Lincoln: “O homem que decide parar até que as
coisas melhorem, verificará mais tarde que aquele que
não parou e colaborou com o tempo estará tão distante
que jamais poderá ser alcançado”.
Portanto, mãos à obra. E, se sua empresa sentir que
precisa de ajuda de alguém muito experiente em superar
crises econômicas, entre em contato conosco. Como você
viu acima, vivenciar e superar crises foi a “cachaça” de
toda a nossa jornada de vida profissional...
E, consultoria é para isso mesmo: ajudar as empresas a
superarem problemas incomuns. Como essa crise que
estamos vivenciando agora.
Prof. Faccin
|