E, como os preços estão tocando nos custos, para ter
algum lucro o negócio é atuar nos desperdícios.
É senso comum que os preços são controlados pelo
mercado. Por isso todos os concorrentes acabam vendendo
mais ou menos pelos mesmos preços. E, devido à grande
concorrência, os preços são forçados para baixo.
Da mesma maneira, os custos essenciais são determinados
pela conjuntura econômica. E, como todas as empresas
concorrentes operam no mesmo ambiente, estão sujeitas às
mesmas leis, ao mesmo custo inflacionário de 6,5% ao
ano, pagam mais ou menos os mesmos salários para os
mesmos tipos de funcionários, pagam os mesmos encargos e
benefícios da mão de obra e arcam com os mesmos aumentos
salariais acima da inflação.
Ainda, pagam os mesmos impostos, os mesmos preços para
os mesmos fornecedores e prestadores de serviços em
geral, pagam as mesmas taxas de juros, têm os mesmos
custos oriundos da burocracia fiscal e contábil, os
mesmos custos logísticos, os mesmos custos de marketing,
de vendas, propaganda, etc. etc. etc.
E, como a ideologia do governo de plantão entende que
gravando as empresas elimina-se a pobreza (?), os custos
das empresas são forçados para cima.
Assim, se por um lado as empresas não têm muito poder
para aumentar os preços porque a concorrência não deixa,
por outro lado elas também não têm muito poder para
reduzir os custos porque a conjuntura econômica e as
legislações trabalhista e tributária também não o
permitem.
E, como os preços estão caindo e os custos aumentando, a
diferença (ou lucro) está desaparecendo ou já
desapareceu...
Dessa forma, a empresa que quiser ter algum lucro
(obviamente, sem sonegar...), sim ou sim, terá de
“reduzir ou eliminar os desperdícios”. Único fator que
ela ainda tem poder para reduzir ou eliminar.
Agora, existem vários tipos de desperdícios que podem
ser reduzidos ou eliminados. Neste ensaio vamos abordar
apenas alguns deles, partindo dos mais simples de
reduzir ou eliminar, até os mais complexos e que exigem
conhecimentos superiores dos gestores:
- Desperdício com Supérfluos
- Desperdício por Falta de Foco
- Desperdício de Materiais e Serviços
- Desperdício de Tempo
- Desperdício com Custos de Oportunidade
- Desperdício nos Processos
- Desperdício com a Perda Prematura de Clientes
Desperdício com Supérfluos.
Supérfluo é tudo aquilo que ultrapassa a necessidade; é
tudo que é mais do que se necessita; é tudo o que se
caracteriza pela extravagância, pelo exibicionismo e
frequentemente pelo alto custo.
Nos dias de hoje de concorrência acirrada, de preços em
queda livre e de custos em grande ascensão, nenhuma
empresa terá lucro se os gestores não tiverem uma
conduta austeramente frugal para adquirir e usar apenas
o essencial para cumprir com competência a missão da
empresa.
Supérfluos, só em casa, se for o caso. Na empresa, só o
essencial. Só o que é necessário e nada mais.
Eu gostaria de ter meu escritório na cobertura de uma
caríssima torre de alto luxo na Av. Paulista ou na Av.
Brigadeiro Faria Lima em São Paulo, mas como os meus
clientes não aceitariam pagar-me para eu desfrutar dessa
extravagância, se eu fizesse essa loucura, essa despesa
não seria coberta pelos meus clientes e teria de sair do
meu lucro, ou mesmo poderia me levar ao prejuízo...
A questão é que hoje em dia os clientes estão muito mais
preocupados com o conteúdo do que com o continente.
Apesar dessa evidência, muitas empresas se preocupam
mais com o continente (aparência) do que com o conteúdo
(qualidade no atendimento).
E, aí desperdiçam recursos importantes que poderiam ser
canalizados para conquistar mais clientes e mantê-los
fidelizados por mais tempo.
2. Desperdício por Falta de Foco.
Ter foco significa:
a. Não desviar-se dos afazeres essenciais sob nenhuma
hipótese.
b. Não fazer o que gostaria de fazer, mas focar-se em
fazer estritamente o que precisa ser feito.
c. Não inventar moda o tempo todo.
Toda vez que um colaborador deixa de fazer o que precisa
fazer para fazer o que gostaria de fazer, está perdendo
tempo e como a empresa está pagando por esse tempo, esse
é um “Desperdício por Falta de Foco”.
Isso também é válido para aquelas numerosas e
intermináveis reuniões sem sentido, sem uma adequada
preparação, desfocadas, onde se trata de tudo e de nada
ao mesmo tempo, e onde colaboradores de bom nível e,
portanto bem remunerados, gastam um tempão (dinheiro),
literalmente jogando conversa fora.
Um bom lembrete para ser afixado em todas as paredes da
empresa seria:
a. Nenhum custo e nenhum trabalho podem ser
improdutivos.
b. Todo custo e todo trabalho tem de ter como objetivo
conquistar novos clientes e ou manter os clientes
conquistados por um longo período de tempo.
Como corolário desses lembretes se faz necessário afixar
em todas as paredes algumas perguntinhas básicas:
c. Isso o que você está fazendo neste momento vai fazer
as vendas aumentarem?
a. Se não, por favor, pare imediatamente.
b. Se sim, responda à próxima pergunta:
i. O lucro marginal que isso o que você
está fazendo irá
mais que compensar
o custo marginal do que você está
fazendo?
Se sim, siga em frente.
Se não, por favor, pare de inventar
moda imediatamente.
d. Isso o que você está fazendo irá reduzir custos
que
mais que compensem o tempo que você e outros estão
perdendo com isso?
Se sim, siga em frente. Se não, pare imediatamente.
e. Os clientes irão aceitar pagar mais por isso o que
você e outros estão fazendo? Se sim, siga em frente. Se não, por favor, pare de inventar moda imediatamente.
3. Desperdícios de materiais, de serviços, com quebras e
desgaste prematuro de máquinas, equipamentos e
ferramentas.
O hábito do desperdício é um cancro em quase todas as
empresas brasileiras, porque está enraizado na nossa
cultura.
Os colaboradores desperdiçam de tudo, como folhas de
papel e tinta com impressões desnecessárias que poderiam
ser transferidas em um arquivo digital. Desperdiçam
clips, canetas, elásticos, materiais de escritório,
materiais de limpeza e conservação, materiais de copa,
etc.
O desperdício de energia elétrica então nem se fala. Se
os brasileiros economizassem 10% da energia elétrica
consumida em um ano, a economia feita deveria ser
suficiente para se construir uma nova Usina de Itaipu. É
só criar o hábito de “ascende/apaga” e “liga/desliga”
que se consegue uma economia de 10% ou mais.
Os desperdícios com os veículos das empresas, então nem
se fala. Os motoristas em geral desperdiçam combustíveis
e desgastam os veículos para uso particular ou fazendo
percursos desnecessários; desperdiçam combustível com
arrancadas fortes; desgastam pastilhas de freio
desnecessariamente com as consequentes freadas bruscas e
violentas; passam por cima de buracos em velocidade
destruindo a suspensão que em pouco tempo vai para o
espaço; e vai por aí afora.
E esse desleixo com os desperdícios não é só relativo
aos veículos. Todas as máquinas, equipamentos,
ferramentas, etc. são tratadas de forma a que se
deteriorem prematuramente. Equipamentos de informática
que poderiam ser utilizados por muito mais tempo, são
deteriorados prematuramente.
A cultura do desperdício do brasileiro se manifesta até
pela subutilização de tudo. Ele descarta coisas que
ainda teriam valor de uso para a empresa ou mesmo para
si próprio ou para outrem.
Por isso, comércio de coisas usadas no Brasil é mínimo
se comparado aos dos Estados Unidos onde ninguém joga
nada fora. As famílias vendem de tudo, caixas de lápis
de cor com meio uso, tênis usado, bermuda usada, etc. E,
todo o mundo compra.
Carro aqui no Brasil se troca a cada 2 anos. O americano
costuma usar o carro por uns 15 anos sem trocar. E, não
dá nem para comparar a renda per capita de cada povo. O
guarda-roupa do pobre brasileiro é um luxo se comparado
com o do americano.
A cultura do desperdício do brasileiro é tanta que faz
com que até o pobre desperdice alimentos, seja por não
saber aproveitá-los integralmente como por jogar grandes
quantidades de “restos” no lixo. Por isso há até um dito
popular que diz que “o lixo do pobre brasileiro é um
luxo”.
Não há lucro que resista a esse volume de desperdícios.
4. Desperdício de Tempo.
Um dos custos de desperdício de tempo é aquele oriundo
do “absenteísmo” funcional.
Um levantamento feito pela consultoria de gestão de
negócios Hay Group com 261 mil trabalhadores de empresas
de todos os setores do Brasil, revelou que 33% dos
funcionários brasileiros (1 em cada 3) estão acomodados
no emprego.
Por isso, todo colaborador que faz “corpo mole” ou que é
lerdo por sua própria natureza precisa ser substituído
para se eliminar esse desperdício de tempo, já que tempo
é dinheiro. Como bem disse Benjamin Franklin, um dos
fundadores da pátria americana: “Time is Money”.
Se um empregado pode produzir 10 e está produzindo
apenas 7, isso significa que a empresa está pagando por
10 e recebendo apenas 7 ou tendo um desperdício de
salário e todos os seus encargos. Isso sai do lucro,
porque os clientes não aceitam pagar por essa
ineficiência da empresa.
Para “caçar” os esbanjadores de tempo a empresa precisa
estabelecer metas para todos os colaboradores. Por
suposto, metas factíveis. Mas no limite máximo da
produtividade para poder aproveitar o melhor possível o
custo laboral.
Outro desperdício de tempo é resultante da
“incompetência funcional”.
Esse custo é resultante do processo seletivo de má
qualidade feito pelo departamento de RH quando contrata
um funcionário sem as competências essenciais para
exercer o cargo que vai ocupar e sem que se ministre o
treinamento necessário para ele poder desempenhar suas
funções como corresponderia. É mais ou menos o mesmo que
colocar um baterista para tocar piano.
Nesse caso, embora o funcionário não tenha culpa direta
por ter sido contratado para um trabalho para o qual não
tem a expertise necessária, ele precisará ser
substituído por outro mais adequado para exercer a
função.
Dessa forma, se isso estiver ocorrendo na sua empresa,
seria importante aproveitar para reavaliar a capacidade
do RH também, já que a base do êxito de qualquer empresa
é a contratação acertada dos recursos humanos.
Um dos mais absurdos custos de desperdício de tempo é o
“custo do retrabalho”. Colaboradores que geram “custos
de retrabalho” precisam ser reciclados e se mesmo assim
continuarem gerando esses custos, eles precisarão ser
substituídos. Afinal, nenhuma empresa tem como embutir
nos preços o custo de refazer o que já foi feito. Nenhum
cliente aceita pagar duas vezes pelo mesmo serviço.
5. Desperdício com o Custo de Oportunidade
Custo de Oportunidade é aquele que se tem quando se faz
uma escolha equivocada de investimento. Ou aquilo que se
deixa de ganhar por ter investido mal (ter comprado
ações da Petrobrás...).
Um dos exemplos mais evidentes de Custo de Oportunidade
ou de Desperdício é aquele oriundo da contratação de um
vendedor que não vende o que a empresa precisa que ele
venda. Nesse caso, ele estaria ocupando um custo que
poderia estar sendo aplicado em um vendedor mais
eficiente.
E, o que é pior: se ele não vende, a concorrência vende.
Resultado 2 x 0 para a concorrência que vai ter lucro
enquanto a empresa dele vai ter um custo desaproveitado.
6. Desperdício nos Processos
Desperdício no Processo Operacional ou Produtivo.
Qualquer processo operacional ou produtivo de qualquer
empresa é composto de várias etapas, mas geralmente
apenas algumas delas agregam valor ao produto ou
serviço.
Algumas etapas não agregam valor, mas são necessárias.
Contudo dependendo da maneira como se procede nessas
etapas, normalmente, desperdiçam-se muitos recursos,
tanto de tempo, quanto de materiais.
Para uma empresa ser competitiva e ao mesmo tempo
lucrativa, ela precisa:
- Eliminar as etapas desnecessárias que não agregam
qualquer valor ao serviço;
- Mudar a maneira de proceder nas etapas necessárias,
mas que também não agregam valor, buscando sempre
reduzir custos, seja de tempo, como de materiais; e
- Racionalizar as etapas que agregam valor buscando
minimizar os custos envolvidos e melhorar a qualidade.
Um exemplo tradicional das etapas do processo produtivo
é o da linha de tempo para o processo de fundição,
processamento mecânico e montagem, desenvolvido por
James P. Womarck e Daniel T. Jones.
Como se pode ver, poucas são as etapas que agregam valor
ao produto no processo de fundição acima descrito. A
maioria não agrega.
Algumas etapas, por serem desnecessárias, poderiam ser
descartas. E se fosse modificado o processo das
necessárias, para uma forma mais racional, se poderia
reduzir muito os desperdícios de tempo.
Os tempos de ‘espera’, por exemplo, que são
desnecessários, se eles fossem eliminados reduziriam
custos e ainda reduziriam o tempo de processamento, ou
‘lead-time’, reduzindo custos de armazenagem e ganhando
na entrega mais rápida da mercadoria ao cliente.
Da mesma maneira, se as atividades de transporte, setup,
inspeção, etc. que são necessárias, mas que não agregam
valor, tivessem seu tempo reduzido, se obteria o mesmo
resultado em eficiência.
Por outro lado, quando se fala em redução de custos,
infelizmente, a grande maioria dos gestores se foca nas
etapas que agregam valor, porque elas são as mais
visíveis.
E aí, eles acabam reduzindo custos que afetam a
qualidade do produto ou serviço, como comprar
matérias-primas e componentes mais baratos, contratar
mão-de-obra mais barata e menos qualificada, etc.
Muito raramente, um gestor mapeia e estuda em
profundidade todas as etapas do processo para separar as
atividades que agregam valor das que não agregam, para
eliminar as que são desnecessárias e tornar mais
eficiente o processo das que são necessárias, mas que
não agregam valor.
Como se isso não bastasse, vale ressaltar que reduzir
custos das etapas que agregam valor exige profunda
experiência e muita sensibilidade do gestor, porque, na
maioria dos casos, para se reduzir esses custos é
necessário investir em automação e em dispêndio com
matérias-primas e produtos de melhor qualidade,
mão-de-obra mais qualificada, etc.
Desperdício no Processo Administrativo.
São raras as empresas que automatizam o processo
burocrático como corresponderia. O resultado disso é o
excesso de empregados administrativos
desnecessariamente, trabalhos improdutivos, falta de
controles, de informações, informações de má qualidade,
desorganização, excesso de papelada, etc. etc. etc.
Diferença entre Mecanização e Automação versus
Informatização
Até a primeira metade do século passado (1.950), aqui no
Brasil, a maioria das empresas ainda registravam todos
os dados e fatos do cotidiano de uma empresa manualmente
nos livros correspondentes.
Depois, aquilo que se fazia à mão passou a ser
datilografado na máquina de escrever para ficar com uma
aparência melhor.
Por ser a máquina de escrever um conjunto mecânico
(combinação de peças que produzem ou transmitem
movimentos) esse processo passou a ser chamado de
‘mecanizado’. Ou seja, contabilidade mecanizada, folha
de pagamento mecanizada, etc.
Quando do surgimento do microcomputador, aquilo que se
datilografava na máquina de escrever diretamente no
papel, passou a ser digitado nos processadores de texto
dos microcomputadores para depois serem impressas sem
erros e com uma aparência mais bem acabada.
Ou seja, passou-se a fazer o mesmo, porém numa máquina
de escrever mais sofisticada (microcomputador). E como o
conjunto incorporava a eletrônica, a esse processo se
deu o nome de eletromecanização.
Ainda, alguns procedimentos repetitivos como dados
cadastrais dos clientes usados no faturamento, dados
cadastrais dos empregados utilizados na folha de
pagamento, plano de contas da contabilidade, etc.
passaram a ser armazenados na memória do computador.
Ou seja, aquilo que se repetia todo mês passou a ser
digitado uma única vez para depois, mensalmente, só
digitar-se os dados que mudavam.
Este processo já é uma automação da eletromecanização.
Ou seja, os dados que se repetem podem ser
automaticamente reutilizados.
Diferença entre ‘dado’ e ‘informação’.
O termo “dado” tem sido comumente confundido com
"informação". Mas, dado não é informação.
Assim como o átomo é a menor partícula que ainda
caracteriza uma substância simples, o ‘dado’ é a menor
partícula que ainda caracteriza uma ocorrência simples,
passível de observação, numa empresa qualquer.
E da mesma maneira que quando dois ou mais átomos de uma
mesma substância ou de substâncias diferentes se juntam
eletroquimicamente, dão origem a uma nova matéria, cuja
menor partícula é a molécula, quando dois ou mais dados
de uma mesma ocorrência ou de ocorrências diferentes se
juntam estatisticamente, dão origem a um novo fenômeno
chamado ‘informação’.
O termo ‘informação’ vem do latim ‘informatio, onis’,
que significa ‘delinear’, conceber ‘ideia’, etc., ou
seja, dar forma ou moldar na mente o conjunto dos dados
e fatos.
Em outras palavras, ‘informação’ é o resultado da
combinação de dados em forma estatística de tal forma
que represente uma modificação (quantitativa ou
qualitativa) no conhecimento dos dados processados.
Portanto, ‘dado’ é parte da ‘Informação’.
‘Dado’ é aquilo que se introduz no computador (‘input’ –
por para dentro).
‘Informação’ é o conhecimento que se retira da ‘mistura’
dos dados no computador (‘output’ – por para fora).
A esse processo de ‘misturar’ os dados no computador
para produzir ‘informação’ foi dado o nome de
‘informatizar’ que é um vocábulo resultante de uma
mistura das palavras automatizar com informar. Ou seja,
esse termo foi criado para significar ‘automatizar a
informação’.
Mas, isso é bem diferente de ‘automatizar dados’, como
no exemplo mencionado antes sobre a folha de pagamento,
contabilidade, etc. onde apenas se repetem
automaticamente a cada mês (sem necessidade de se
redigitar) os dados cadastrais repetitivos.
Agora, muitos programas corporativos permitem apenas
extrair-se ‘dados’ em relatórios, mas não ‘informação’,
uma vez que eles não foram projetados para serem
misturados estatisticamente.
A maioria dos dados ainda é processada de forma
eletromecanizada e na melhor das hipóteses,
automatizada, mas não informatizada, por isso não se
consegue extrair informações gerenciais e estratégicas.
Então, para se obter qualquer informação, é preciso
garimpar (literalmente) os dados, juntá-los,
organizá-los e imputá-los num programa à parte para
poder ‘misturá-los’ das mais diversas maneiras para se
extrair as informações que precisam ser submetidas a uma
análise e interpretação por parte da alta administração.
A qualidade da informação e rapidez com que ela chega à
alta administração é de crucial importância para a
empresa melhorar:
-
atendimento aos clientes;
-
Aumentar a satisfação dos clientes;
-
Diminuir os cancelamentos;
-
Reduzir desperdícios produtivos;
-
Reduzir desperdícios operacionais;
-
Reduzir desperdícios com a assistência técnica;
-
Reduzir desperdícios no departamento de vendas; etc.
Desperdícios no Processo Mercadológico e Comercial.
Talvez um dos departamentos mais desperdiçadores de
recursos é o de vendas.
O vendedor, como qualquer empregado, só pode trabalhar
44 horas semanais. Mas, ele não consegue passar todos os
2.640 minutos dessas 44 horas “cara a cara” com os
prospects ou potenciais clientes, sejam eles oriundos de
chamado como de prospecção.
Vendedores técnicos, como o são os vendedores ou
“consultores” de segurança, por exemplo, gastam tempo
com visitas para resolver problemas nos clientes; gastam
tempo no trânsito ou esperando para serem atendidos;
gastam tempo com funções administrativas; gastam tempo
com reuniões feitas na empresa no horário de expediente;
gastam tempo com materiais de vendas; com orçamentos,
com ligações telefônicas; com marcação de visitas; com
envio de e-mails; com relatórios; com as redes sociais
no horário de expediente; com os brinquedinhos
eletrônicos da atualidade, como smartphones, tabletes,
notebooks, etc. e também, como é praxe, com um ou outro
afazer particular que é feito no horário de expediente,
seja interna, como principalmente externamente.
Devido a todos esses “ladrõezinhos” de tempo, raramente
os vendedores conseguem fazer toda semana mais que umas
10 apresentações de vendas a prospects, sejam eles de
chamados como de prospecção. E, como eles gastam mais ou
menos meia hora com cada potencial novo cliente, isso
significa que eles passam em média apenas umas 5 das 44
horas disponíveis semanalmente “cara a cara” com os
prospects, ou algo não muito superior a pouco mais que
10% do tempo disponível.
A pergunta que cabe aqui é: seria possível conseguir
fazê-los passar mais tempo cara a cara com os prospects?
A resposta é: sim! Porém desde que se reveja todo o
processo de inteligência do marketing; da administração
do marketing; da estratégia; e da logística de
visitação, considerando alguns fatores como:
Cidade onde trabalha; zona onde opera; entrevista com
hora marcada; distribuição de clientes; entrevista
aleatória; entrevista dirigida; prospecção; atendimento
a chamados; existência de um banco de dados com
oportunidades de negócios no mercado baseado em coleta
de informações de diversas fontes; existência de um
banco de dados com oportunidades de negócios nos
clientes baseado em coleta de informações dos
vendedores; sistema de controle rigoroso da visitação;
redução da burocracia; etc.
Raríssimas são as empresas que calculam o custo de
conquista de um cliente novo. Se o fizessem e
comparassem isso com o lucro esperado de um cliente
novo, ficariam horrorizadas de ver que na maioria dos
casos o cliente não irá deixar lucro suficiente nem
mesmo para pagar o custo de sua conquista.
Faça o cálculo e:
1º - Subtraia o custo total mensal de conquista de novos
clientes pela margem de contribuição esperada deles.
Se a diferença for negativa, isso significa que o lucro
ou a margem de contribuição que esses clientes irão
deixar não cobre sequer o custo de conquista deles.
2º - Subtraia o custo de marketing por vendedor da
margem de contribuição das suas vendas.
Aqueles vendedores cuja diferença for negativa, isso
significa que eles custam mais que a margem de
contribuição das suas vendas.
Não serve. A empresa precisará treiná-los e depois de
treinados, aqueles que continuarem dando prejuízo por
três meses seguidos ou três meses alternados em seis
meses, precisarão ser dispensados.
3º - Subtraia o custo médio de servir a um cliente pelo
preço de venda de cada cliente. Aqueles cuja diferença
for negativa significa que esses clientes estão dando
prejuízo. Custam mais do que pagam.
Se não for possível reajustar seus preços, eles precisam
ser descartados. Afinal, empresa não é instituição de
caridade. Enquanto as instituições sobrevivem com
doações e com transferências governamentais, as empresas
só sobrevivem se tiverem lucro.
7. Desperdício com a Perda Prematura de Clientes
O maior custo de todos é o da perda de clientes e mais
ainda, quando essa perda é prematura.
No caso das empresas que prestam serviços contínuos,
elas só irão recuperar o custo de conquista de clientes
ao longo do tempo. Todavia, se o cliente cancela o seu
contrato prematuramente, em muitos casos, a margem de
contribuição deixada por esse cliente nem chega a cobrir
o custo de conquista.
Conquistar um cliente tem um custo enorme. Já, o custo
de mantê-lo na empresa é mínimo. Dessa forma, quanto
mais tempo ele passar na empresa, mais lucro deixará
para ela.
Bem a lista de desperdícios numa empresa é enorme. Eu só
abordei alguns aspectos, mas você pode completar a
lista.
A questão é simples: se a sua empresa quer ir para o
Oeste, mas está indo para o Leste, o que ela deve fazer?
Simples: mudar o rumo!
Da mesma maneira, se um funcionário ou um processo não
estão gerando o lucro que a empresa precisa, o que ela
deve fazer? Simples: mudar o funcionário ou o processo!
Os antigos chineses tinham um provérbio para essa
sabedoria: “se você quer uma xícara de chá quente,
primeiro precisa jogar fora o chá frio que está dentro
da xícara”. Se misturar, vai ter uma xícara de chá
morno...
Essa é a questão: se a empresa aborta uma decisão
equivocada, ela cria um vazio que pode ser preenchido
por uma decisão melhor.
Agora, é preciso ter coragem para mudar o que é familiar
e com o que se acostumou a conviver. Mas é o que precisa
ser feito para se mudar o rumo.
Bem, poderíamos falar sobre desperdícios “até o dia
amanhecer”, mas isso fugiria ao escopo de um simples
artigo.
Se sua empresa precisar de ajuda para poder fazer o
mesmo que a concorrência, porém com custos menores, com
menos desperdícios e mais eficiência para ter mais
lucro, entre em contato conosco.
Consultoria é para isso mesmo: ajudar as empresas a
resolverem problemas não usuais e não habituais.
Prof. Faccin
11 4666-7845 e 4666-6936
contato@faccin.com.br
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