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O Lucro aparece quando o desperdício desaparece!
Aumentar os preços está difícil (a concorrência não deixa...).

Reduzir os custos também está difícil (o governo também não deixa...).


E, como os preços estão tocando nos custos, para ter algum lucro o negócio é atuar nos desperdícios.

É senso comum que os preços são controlados pelo mercado. Por isso todos os concorrentes acabam vendendo mais ou menos pelos mesmos preços. E, devido à grande concorrência, os preços são forçados para baixo.

Da mesma maneira, os custos essenciais são determinados pela conjuntura econômica. E, como todas as empresas concorrentes operam no mesmo ambiente, estão sujeitas às mesmas leis, ao mesmo custo inflacionário de 6,5% ao ano, pagam mais ou menos os mesmos salários para os mesmos tipos de funcionários, pagam os mesmos encargos e benefícios da mão de obra e arcam com os mesmos aumentos salariais acima da inflação.

Ainda, pagam os mesmos impostos, os mesmos preços para os mesmos fornecedores e prestadores de serviços em geral, pagam as mesmas taxas de juros, têm os mesmos custos oriundos da burocracia fiscal e contábil, os mesmos custos logísticos, os mesmos custos de marketing, de vendas, propaganda, etc. etc. etc.

E, como a ideologia do governo de plantão entende que gravando as empresas elimina-se a pobreza (?), os custos das empresas são forçados para cima.

Assim, se por um lado as empresas não têm muito poder para aumentar os preços porque a concorrência não deixa, por outro lado elas também não têm muito poder para reduzir os custos porque a conjuntura econômica e as legislações trabalhista e tributária também não o permitem.

E, como os preços estão caindo e os custos aumentando, a diferença (ou lucro) está desaparecendo ou já desapareceu...

Dessa forma, a empresa que quiser ter algum lucro (obviamente, sem sonegar...), sim ou sim, terá de “reduzir ou eliminar os desperdícios”. Único fator que ela ainda tem poder para reduzir ou eliminar.

Agora, existem vários tipos de desperdícios que podem ser reduzidos ou eliminados. Neste ensaio vamos abordar apenas alguns deles, partindo dos mais simples de reduzir ou eliminar, até os mais complexos e que exigem conhecimentos superiores dos gestores:
  1. Desperdício com Supérfluos
  2. Desperdício por Falta de Foco
  3. Desperdício de Materiais e Serviços
  4. Desperdício de Tempo
  5. Desperdício com Custos de Oportunidade
  6. Desperdício nos Processos
  7. Desperdício com a Perda Prematura de Clientes

Desperdício com Supérfluos.

Supérfluo é tudo aquilo que ultrapassa a necessidade; é tudo que é mais do que se necessita; é tudo o que se caracteriza pela extravagância, pelo exibicionismo e frequentemente pelo alto custo.

Nos dias de hoje de concorrência acirrada, de preços em queda livre e de custos em grande ascensão, nenhuma empresa terá lucro se os gestores não tiverem uma conduta austeramente frugal para adquirir e usar apenas o essencial para cumprir com competência a missão da empresa.

Supérfluos, só em casa, se for o caso. Na empresa, só o essencial. Só o que é necessário e nada mais.

Eu gostaria de ter meu escritório na cobertura de uma caríssima torre de alto luxo na Av. Paulista ou na Av. Brigadeiro Faria Lima em São Paulo, mas como os meus clientes não aceitariam pagar-me para eu desfrutar dessa extravagância, se eu fizesse essa loucura, essa despesa não seria coberta pelos meus clientes e teria de sair do meu lucro, ou mesmo poderia me levar ao prejuízo...

A questão é que hoje em dia os clientes estão muito mais preocupados com o conteúdo do que com o continente.

Apesar dessa evidência, muitas empresas se preocupam mais com o continente (aparência) do que com o conteúdo (qualidade no atendimento).

E, aí desperdiçam recursos importantes que poderiam ser canalizados para conquistar mais clientes e mantê-los fidelizados por mais tempo.

2. Desperdício por Falta de Foco.

Ter foco significa:

          a. Não desviar-se dos afazeres essenciais sob nenhuma hipótese.

          b. Não fazer o que gostaria de fazer, mas focar-se em fazer estritamente o que precisa ser feito.

          c. Não inventar moda o tempo todo.

Toda vez que um colaborador deixa de fazer o que precisa fazer para fazer o que gostaria de fazer, está perdendo tempo e como a empresa está pagando por esse tempo, esse é um “Desperdício por Falta de Foco”.

Isso também é válido para aquelas numerosas e intermináveis reuniões sem sentido, sem uma adequada preparação, desfocadas, onde se trata de tudo e de nada ao mesmo tempo, e onde colaboradores de bom nível e, portanto bem remunerados, gastam um tempão (dinheiro), literalmente jogando conversa fora.

Um bom lembrete para ser afixado em todas as paredes da empresa seria:

          a. Nenhum custo e nenhum trabalho podem ser improdutivos.

          b. Todo custo e todo trabalho tem de ter como objetivo conquistar novos clientes e ou manter os clientes conquistados por um longo período de tempo.

Como corolário desses lembretes se faz necessário afixar em todas as paredes algumas perguntinhas básicas:

          c. Isso o que você está fazendo neste momento vai fazer as vendas aumentarem?

               a. Se não, por favor, pare imediatamente.

               b. Se sim, responda à próxima pergunta:

                     i. O lucro marginal que isso o que você
                        está fazendo irá mais que compensar
                        o custo marginal do que você está
                        fazendo?
                        Se sim, siga em frente.
                        Se não, por favor, pare de inventar
                        moda imediatamente.

          d. Isso o que você está fazendo irá reduzir custos
 que mais que compensem o tempo que você e outros estão perdendo com isso?
          Se sim, siga em frente. Se não, pare imediatamente.

          e. Os clientes irão aceitar pagar mais por isso o que você e outros estão fazendo?
Se sim, siga em frente.
Se não, por favor, pare de inventar moda imediatamente.

3. Desperdícios de materiais, de serviços, com quebras e desgaste prematuro de máquinas, equipamentos e ferramentas.

O hábito do desperdício é um cancro em quase todas as empresas brasileiras, porque está enraizado na nossa cultura.

Os colaboradores desperdiçam de tudo, como folhas de papel e tinta com impressões desnecessárias que poderiam ser transferidas em um arquivo digital. Desperdiçam clips, canetas, elásticos, materiais de escritório, materiais de limpeza e conservação, materiais de copa, etc.

O desperdício de energia elétrica então nem se fala. Se os brasileiros economizassem 10% da energia elétrica consumida em um ano, a economia feita deveria ser suficiente para se construir uma nova Usina de Itaipu. É só criar o hábito de “ascende/apaga” e “liga/desliga” que se consegue uma economia de 10% ou mais.

Os desperdícios com os veículos das empresas, então nem se fala. Os motoristas em geral desperdiçam combustíveis e desgastam os veículos para uso particular ou fazendo percursos desnecessários; desperdiçam combustível com arrancadas fortes; desgastam pastilhas de freio desnecessariamente com as consequentes freadas bruscas e violentas; passam por cima de buracos em velocidade destruindo a suspensão que em pouco tempo vai para o espaço; e vai por aí afora.

E esse desleixo com os desperdícios não é só relativo aos veículos. Todas as máquinas, equipamentos, ferramentas, etc. são tratadas de forma a que se deteriorem prematuramente. Equipamentos de informática que poderiam ser utilizados por muito mais tempo, são deteriorados prematuramente.

A cultura do desperdício do brasileiro se manifesta até pela subutilização de tudo. Ele descarta coisas que ainda teriam valor de uso para a empresa ou mesmo para si próprio ou para outrem.

Por isso, comércio de coisas usadas no Brasil é mínimo se comparado aos dos Estados Unidos onde ninguém joga nada fora. As famílias vendem de tudo, caixas de lápis de cor com meio uso, tênis usado, bermuda usada, etc. E, todo o mundo compra.

Carro aqui no Brasil se troca a cada 2 anos. O americano costuma usar o carro por uns 15 anos sem trocar. E, não dá nem para comparar a renda per capita de cada povo. O guarda-roupa do pobre brasileiro é um luxo se comparado com o do americano.

A cultura do desperdício do brasileiro é tanta que faz com que até o pobre desperdice alimentos, seja por não saber aproveitá-los integralmente como por jogar grandes quantidades de “restos” no lixo. Por isso há até um dito popular que diz que “o lixo do pobre brasileiro é um luxo”.

Não há lucro que resista a esse volume de desperdícios.

4. Desperdício de Tempo.

Um dos custos de desperdício de tempo é aquele oriundo do “absenteísmo” funcional.

Um levantamento feito pela consultoria de gestão de negócios Hay Group com 261 mil trabalhadores de empresas de todos os setores do Brasil, revelou que 33% dos funcionários brasileiros (1 em cada 3) estão acomodados no emprego.

Por isso, todo colaborador que faz “corpo mole” ou que é lerdo por sua própria natureza precisa ser substituído para se eliminar esse desperdício de tempo, já que tempo é dinheiro. Como bem disse Benjamin Franklin, um dos fundadores da pátria americana: “Time is Money”.

Se um empregado pode produzir 10 e está produzindo apenas 7, isso significa que a empresa está pagando por 10 e recebendo apenas 7 ou tendo um desperdício de salário e todos os seus encargos. Isso sai do lucro, porque os clientes não aceitam pagar por essa ineficiência da empresa.

Para “caçar” os esbanjadores de tempo a empresa precisa estabelecer metas para todos os colaboradores. Por suposto, metas factíveis. Mas no limite máximo da produtividade para poder aproveitar o melhor possível o custo laboral.

Outro desperdício de tempo é resultante da “incompetência funcional”.

Esse custo é resultante do processo seletivo de má qualidade feito pelo departamento de RH quando contrata um funcionário sem as competências essenciais para exercer o cargo que vai ocupar e sem que se ministre o treinamento necessário para ele poder desempenhar suas funções como corresponderia. É mais ou menos o mesmo que colocar um baterista para tocar piano.

Nesse caso, embora o funcionário não tenha culpa direta por ter sido contratado para um trabalho para o qual não tem a expertise necessária, ele precisará ser substituído por outro mais adequado para exercer a função.

Dessa forma, se isso estiver ocorrendo na sua empresa, seria importante aproveitar para reavaliar a capacidade do RH também, já que a base do êxito de qualquer empresa é a contratação acertada dos recursos humanos.

Um dos mais absurdos custos de desperdício de tempo é o “custo do retrabalho”. Colaboradores que geram “custos de retrabalho” precisam ser reciclados e se mesmo assim continuarem gerando esses custos, eles precisarão ser substituídos. Afinal, nenhuma empresa tem como embutir nos preços o custo de refazer o que já foi feito. Nenhum cliente aceita pagar duas vezes pelo mesmo serviço.

5. Desperdício com o Custo de Oportunidade

Custo de Oportunidade é aquele que se tem quando se faz uma escolha equivocada de investimento. Ou aquilo que se deixa de ganhar por ter investido mal (ter comprado ações da Petrobrás...).

Um dos exemplos mais evidentes de Custo de Oportunidade ou de Desperdício é aquele oriundo da contratação de um vendedor que não vende o que a empresa precisa que ele venda. Nesse caso, ele estaria ocupando um custo que poderia estar sendo aplicado em um vendedor mais eficiente.

E, o que é pior: se ele não vende, a concorrência vende. Resultado 2 x 0 para a concorrência que vai ter lucro enquanto a empresa dele vai ter um custo desaproveitado.

6. Desperdício nos Processos

Desperdício no Processo Operacional ou Produtivo.

Qualquer processo operacional ou produtivo de qualquer empresa é composto de várias etapas, mas geralmente apenas algumas delas agregam valor ao produto ou serviço.

Algumas etapas não agregam valor, mas são necessárias. Contudo dependendo da maneira como se procede nessas etapas, normalmente, desperdiçam-se muitos recursos, tanto de tempo, quanto de materiais.

Para uma empresa ser competitiva e ao mesmo tempo lucrativa, ela precisa:

 

  • Eliminar as etapas desnecessárias que não agregam qualquer valor ao serviço;
  • Mudar a maneira de proceder nas etapas necessárias, mas que também não agregam valor, buscando sempre reduzir custos, seja de tempo, como de materiais; e
  • Racionalizar as etapas que agregam valor buscando minimizar os custos envolvidos e melhorar a qualidade.


Um exemplo tradicional das etapas do processo produtivo é o da linha de tempo para o processo de fundição, processamento mecânico e montagem, desenvolvido por James P. Womarck e Daniel T. Jones.






Como se pode ver, poucas são as etapas que agregam valor ao produto no processo de fundição acima descrito. A maioria não agrega.

Algumas etapas, por serem desnecessárias, poderiam ser descartas. E se fosse modificado o processo das necessárias, para uma forma mais racional, se poderia reduzir muito os desperdícios de tempo.

Os tempos de ‘espera’, por exemplo, que são desnecessários, se eles fossem eliminados reduziriam custos e ainda reduziriam o tempo de processamento, ou ‘lead-time’, reduzindo custos de armazenagem e ganhando na entrega mais rápida da mercadoria ao cliente.

Da mesma maneira, se as atividades de transporte, setup, inspeção, etc. que são necessárias, mas que não agregam valor, tivessem seu tempo reduzido, se obteria o mesmo resultado em eficiência.

Por outro lado, quando se fala em redução de custos, infelizmente, a grande maioria dos gestores se foca nas etapas que agregam valor, porque elas são as mais visíveis.

E aí, eles acabam reduzindo custos que afetam a qualidade do produto ou serviço, como comprar matérias-primas e componentes mais baratos, contratar mão-de-obra mais barata e menos qualificada, etc.

Muito raramente, um gestor mapeia e estuda em profundidade todas as etapas do processo para separar as atividades que agregam valor das que não agregam, para eliminar as que são desnecessárias e tornar mais eficiente o processo das que são necessárias, mas que não agregam valor.

Como se isso não bastasse, vale ressaltar que reduzir custos das etapas que agregam valor exige profunda experiência e muita sensibilidade do gestor, porque, na maioria dos casos, para se reduzir esses custos é necessário investir em automação e em dispêndio com matérias-primas e produtos de melhor qualidade, mão-de-obra mais qualificada, etc.

Desperdício no Processo Administrativo.

São raras as empresas que automatizam o processo burocrático como corresponderia. O resultado disso é o excesso de empregados administrativos desnecessariamente, trabalhos improdutivos, falta de controles, de informações, informações de má qualidade, desorganização, excesso de papelada, etc. etc. etc.

Diferença entre Mecanização e Automação versus Informatização

Até a primeira metade do século passado (1.950), aqui no Brasil, a maioria das empresas ainda registravam todos os dados e fatos do cotidiano de uma empresa manualmente nos livros correspondentes.

Depois, aquilo que se fazia à mão passou a ser datilografado na máquina de escrever para ficar com uma aparência melhor.

Por ser a máquina de escrever um conjunto mecânico (combinação de peças que produzem ou transmitem movimentos) esse processo passou a ser chamado de ‘mecanizado’. Ou seja, contabilidade mecanizada, folha de pagamento mecanizada, etc.

Quando do surgimento do microcomputador, aquilo que se datilografava na máquina de escrever diretamente no papel, passou a ser digitado nos processadores de texto dos microcomputadores para depois serem impressas sem erros e com uma aparência mais bem acabada.

Ou seja, passou-se a fazer o mesmo, porém numa máquina de escrever mais sofisticada (microcomputador). E como o conjunto incorporava a eletrônica, a esse processo se deu o nome de eletromecanização.

Ainda, alguns procedimentos repetitivos como dados cadastrais dos clientes usados no faturamento, dados cadastrais dos empregados utilizados na folha de pagamento, plano de contas da contabilidade, etc. passaram a ser armazenados na memória do computador.

Ou seja, aquilo que se repetia todo mês passou a ser digitado uma única vez para depois, mensalmente, só digitar-se os dados que mudavam.

Este processo já é uma automação da eletromecanização. Ou seja, os dados que se repetem podem ser automaticamente reutilizados.

Diferença entre ‘dado’ e ‘informação’.

O termo “dado” tem sido comumente confundido com "informação". Mas, dado não é informação.

Assim como o átomo é a menor partícula que ainda caracteriza uma substância simples, o ‘dado’ é a menor partícula que ainda caracteriza uma ocorrência simples, passível de observação, numa empresa qualquer.

E da mesma maneira que quando dois ou mais átomos de uma mesma substância ou de substâncias diferentes se juntam eletroquimicamente, dão origem a uma nova matéria, cuja menor partícula é a molécula, quando dois ou mais dados de uma mesma ocorrência ou de ocorrências diferentes se juntam estatisticamente, dão origem a um novo fenômeno chamado ‘informação’.

O termo ‘informação’ vem do latim ‘informatio, onis’, que significa ‘delinear’, conceber ‘ideia’, etc., ou seja, dar forma ou moldar na mente o conjunto dos dados e fatos.

Em outras palavras, ‘informação’ é o resultado da combinação de dados em forma estatística de tal forma que represente uma modificação (quantitativa ou qualitativa) no conhecimento dos dados processados. Portanto, ‘dado’ é parte da ‘Informação’.

‘Dado’ é aquilo que se introduz no computador (‘input’ – por para dentro).

‘Informação’ é o conhecimento que se retira da ‘mistura’ dos dados no computador (‘output’ – por para fora).

A esse processo de ‘misturar’ os dados no computador para produzir ‘informação’ foi dado o nome de ‘informatizar’ que é um vocábulo resultante de uma mistura das palavras automatizar com informar. Ou seja, esse termo foi criado para significar ‘automatizar a informação’.

Mas, isso é bem diferente de ‘automatizar dados’, como no exemplo mencionado antes sobre a folha de pagamento, contabilidade, etc. onde apenas se repetem automaticamente a cada mês (sem necessidade de se redigitar) os dados cadastrais repetitivos.

Agora, muitos programas corporativos permitem apenas extrair-se ‘dados’ em relatórios, mas não ‘informação’, uma vez que eles não foram projetados para serem misturados estatisticamente.

A maioria dos dados ainda é processada de forma eletromecanizada e na melhor das hipóteses, automatizada, mas não informatizada, por isso não se consegue extrair informações gerenciais e estratégicas.

Então, para se obter qualquer informação, é preciso garimpar (literalmente) os dados, juntá-los, organizá-los e imputá-los num programa à parte para poder ‘misturá-los’ das mais diversas maneiras para se extrair as informações que precisam ser submetidas a uma análise e interpretação por parte da alta administração.

A qualidade da informação e rapidez com que ela chega à alta administração é de crucial importância para a empresa melhorar:

  • atendimento aos clientes;

  • Aumentar a satisfação dos clientes;

  • Diminuir os cancelamentos;

  • Reduzir desperdícios produtivos;

  • Reduzir desperdícios operacionais;

  • Reduzir desperdícios com a assistência técnica;

  • Reduzir desperdícios no departamento de vendas; etc.

Desperdícios no Processo Mercadológico e Comercial.

Talvez um dos departamentos mais desperdiçadores de recursos é o de vendas.

O vendedor, como qualquer empregado, só pode trabalhar 44 horas semanais. Mas, ele não consegue passar todos os 2.640 minutos dessas 44 horas “cara a cara” com os prospects ou potenciais clientes, sejam eles oriundos de chamado como de prospecção.

Vendedores técnicos, como o são os vendedores ou “consultores” de segurança, por exemplo, gastam tempo com visitas para resolver problemas nos clientes; gastam tempo no trânsito ou esperando para serem atendidos; gastam tempo com funções administrativas; gastam tempo com reuniões feitas na empresa no horário de expediente; gastam tempo com materiais de vendas; com orçamentos, com ligações telefônicas; com marcação de visitas; com envio de e-mails; com relatórios; com as redes sociais no horário de expediente; com os brinquedinhos eletrônicos da atualidade, como smartphones, tabletes, notebooks, etc. e também, como é praxe, com um ou outro afazer particular que é feito no horário de expediente, seja interna, como principalmente externamente.

Devido a todos esses “ladrõezinhos” de tempo, raramente os vendedores conseguem fazer toda semana mais que umas 10 apresentações de vendas a prospects, sejam eles de chamados como de prospecção. E, como eles gastam mais ou menos meia hora com cada potencial novo cliente, isso significa que eles passam em média apenas umas 5 das 44 horas disponíveis semanalmente “cara a cara” com os prospects, ou algo não muito superior a pouco mais que 10% do tempo disponível.

A pergunta que cabe aqui é: seria possível conseguir fazê-los passar mais tempo cara a cara com os prospects?

A resposta é: sim! Porém desde que se reveja todo o processo de inteligência do marketing; da administração do marketing; da estratégia; e da logística de visitação, considerando alguns fatores como:

Cidade onde trabalha; zona onde opera; entrevista com hora marcada; distribuição de clientes; entrevista aleatória; entrevista dirigida; prospecção; atendimento a chamados; existência de um banco de dados com oportunidades de negócios no mercado baseado em coleta de informações de diversas fontes; existência de um banco de dados com oportunidades de negócios nos clientes baseado em coleta de informações dos vendedores; sistema de controle rigoroso da visitação; redução da burocracia; etc.

Raríssimas são as empresas que calculam o custo de conquista de um cliente novo. Se o fizessem e comparassem isso com o lucro esperado de um cliente novo, ficariam horrorizadas de ver que na maioria dos casos o cliente não irá deixar lucro suficiente nem mesmo para pagar o custo de sua conquista.

Faça o cálculo e:

          1º - Subtraia o custo total mensal de conquista de novos clientes pela margem de contribuição esperada deles.

Se a diferença for negativa, isso significa que o lucro ou a margem de contribuição que esses clientes irão deixar não cobre sequer o custo de conquista deles.

          2º - Subtraia o custo de marketing por vendedor da margem de contribuição das suas vendas.

Aqueles vendedores cuja diferença for negativa, isso significa que eles custam mais que a margem de contribuição das suas vendas.

Não serve. A empresa precisará treiná-los e depois de treinados, aqueles que continuarem dando prejuízo por três meses seguidos ou três meses alternados em seis meses, precisarão ser dispensados.

         3º - Subtraia o custo médio de servir a um cliente pelo preço de venda de cada cliente. Aqueles cuja diferença for negativa significa que esses clientes estão dando prejuízo. Custam mais do que pagam.

         Se não for possível reajustar seus preços, eles precisam ser descartados. Afinal, empresa não é instituição de caridade. Enquanto as instituições sobrevivem com doações e com transferências governamentais, as empresas só sobrevivem se tiverem lucro.

7. Desperdício com a Perda Prematura de Clientes

O maior custo de todos é o da perda de clientes e mais ainda, quando essa perda é prematura.

No caso das empresas que prestam serviços contínuos, elas só irão recuperar o custo de conquista de clientes ao longo do tempo. Todavia, se o cliente cancela o seu contrato prematuramente, em muitos casos, a margem de contribuição deixada por esse cliente nem chega a cobrir o custo de conquista.

Conquistar um cliente tem um custo enorme. Já, o custo de mantê-lo na empresa é mínimo. Dessa forma, quanto mais tempo ele passar na empresa, mais lucro deixará para ela.

Bem a lista de desperdícios numa empresa é enorme. Eu só abordei alguns aspectos, mas você pode completar a lista.

A questão é simples: se a sua empresa quer ir para o Oeste, mas está indo para o Leste, o que ela deve fazer? Simples: mudar o rumo!

Da mesma maneira, se um funcionário ou um processo não estão gerando o lucro que a empresa precisa, o que ela deve fazer? Simples: mudar o funcionário ou o processo!

Os antigos chineses tinham um provérbio para essa sabedoria: “se você quer uma xícara de chá quente, primeiro precisa jogar fora o chá frio que está dentro da xícara”. Se misturar, vai ter uma xícara de chá morno...

Essa é a questão: se a empresa aborta uma decisão equivocada, ela cria um vazio que pode ser preenchido por uma decisão melhor.

Agora, é preciso ter coragem para mudar o que é familiar e com o que se acostumou a conviver. Mas é o que precisa ser feito para se mudar o rumo.

Bem, poderíamos falar sobre desperdícios “até o dia amanhecer”, mas isso fugiria ao escopo de um simples artigo.

Se sua empresa precisar de ajuda para poder fazer o mesmo que a concorrência, porém com custos menores, com menos desperdícios e mais eficiência para ter mais lucro, entre em contato conosco.

Consultoria é para isso mesmo: ajudar as empresas a resolverem problemas não usuais e não habituais.



Prof. Faccin



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