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Porque os clientes “comparam preços”


Os clientes comparam preços porque essa é a forma como os animais em geral, inclusive os humanos, conseguem diferenciar grandezas e pesos: por comparação. Portanto, esse é um comportamento espontâneo e imutável da natureza animal.

Só percebemos que algo é grande porque podemos comparar com algo pequeno. Só percebemos que algo é pesado porque podemos comparar com algo leve. Se tudo fosse do mesmo tamanho e tivesse o mesmo peso, não teríamos essa noção de grandeza e de massa.

Também só conseguimos perceber a diferença entre os objetos e entre os fenômenos da natureza, se pudermos compará-los com os seus opostos, como quente/frio; rápido/devagar; distante/perto; tempão/tempinho; certo/ errado; caro/barato; etc.

E, como se isso não bastasse, o nosso cérebro mede imprecisamente o tamanho das coisas, já que ele avalia o tamanho de uma coisa em relação ao tamanho das demais coisas que estão ao seu redor.
 

Por exemplo: observe que a esfera de cor preta da esquerda parece ser maior que a da direita, muito embora elas tenham exatamente o mesmo tamanho (se não acredita pode medir).

Por isso não podemos confiar na “medida” visual, superficial e intuitiva feita pelo nosso cérebro, porque além de ela ser apenas relativa e não absoluta, também é variável e imprecisa.

Não deve ter sido por outro motivo que não fosse pela imprecisão e relatividade com que o nosso cérebro mede o tamanho das coisas que, quando a espécie humana evoluiu racionalmente, não se sentiu satisfeita com essa imperfeita percepção irracional de grandezas e pesos e tratou de criar unidades de medidas padrão que servissem de paradigmas de comparação de todas as grandezas, pesos e demais fenômenos da natureza, como o centímetro, a polegada, o quilo, a libra, o segundo, etc.

E, obviamente, para que fosse possível efetuar a comparação, foi preciso inventar um instrumento ou aparelho de medição e controle para cada coisa, como a fita métrica, a balança, o relógio, etc. Na realidade hoje em dia existem instrumentos e aparelhos para medir e aferir tudo com a máxima precisão, como o termómetro, o anemómetro, o micrômetro, o hidrômetro, etc. etc. etc.

Todavia, embora o homem tenha inventado a moeda para servir de unidade de medida padrão de valor, até o momento, ele ainda NÃO conseguiu inventar nenhum instrumento ou aparelho capaz de aferir precisamente o valor dos bens e serviços.

Veja que curioso: existe uma unidade de medida padrão e um instrumento próprio para aferir tudo o que existe na natureza. Mas, embora também exista uma unidade de medida monetária para aferir o valor dos bens e serviços, que no nosso caso é o Real, NÃO existe nenhum instrumento ou aparelho capaz de determinar com precisão a quantidade de unidades monetárias que foram agregadas pelo fornecedor a um produto ou serviço. Por isso, não temos como aferir o valor dos bens e serviços.

Por exemplo, suponha que você quisesse comprar o alto-falante do lado. Quanto você acha que ele custaria?

A menos que você seja do ramo ou compre alto-falantes habitualmente, será difícil avaliar. Afinal, NÃO existe nenhum instrumento de medição ou controle que você pudesse utilizar para aferir a quantidade exata de unidades monetárias

que o fabricante colocou dentro dele. E, como se isso não bastasse, ainda temos o agravante que o cérebro humano também NÃO dispõe de um medidor preciso de valor absoluto que pudesse nos informar quanto custa cada coisa. Por isso, não somos capazes de avaliar o preço do alto-falante. Podemos até dar um “chute” para tentar adivinhar, mas muito provavelmente “a bola irá passar longe do gol”.

Por isso, a menos que algum fornecedor lhe diga o preço do alto-falante, você não tem como avaliá-lo. Então, suponha que um fornecedor lhe diga que o alto-falante aí do lado custe, digamos, R$ 200,00 (chute meu). O quê você acha?

Novamente, se você não é do ramo, não vai poder achar nada. Apenas intuitiva e superficialmente poderá achar que é um número alto ou baixo. Mas, não tem como saber se esse preço é adequado ou não. Para saber, só comparando o preço dado por esse fornecedor com pelo menos outros dois para desempatar.

Todavia, agora você já tem pelo menos um “ponto de referência” dado pelo fornecedor que são esses R$ 200,00. Qualquer preço que você encontrar acima disso, intuitivamente achará caro. Abaixo, achará barato. Na realidade, os concorrentes irão fazer para você o papel de “instrumentos de medição e controle de valor” ou de “fiel da balança”.

Não é por outro motivo que não seja pelo fato de que todos nós precisamos usar a concorrência como instrumento de medição de valor dos bens e serviços é que precisamos comparar para ter certeza de não estarmos sendo enganados.

Portanto, temos de aceitar a realidade dos fatos: “sim ou sim, quando os clientes pedem um orçamento para a sua empresa, eles pedem também para outros dois concorrentes para poder comparar”.

E, se o seu preço não for o menor e se sua equipe não tiver conhecimento de técnicas que permitam driblar a comparação de preços, poderá perder muitos pedidos desnecessariamente ou poderá vender por preços que não deixam uma boa margem de lucro.

Nessa altura, certamente você irá dizer-me que sua empresa, produtos e serviços têm diferenciais que precisam ser considerados e que por isso valem mais. E, eu até acredito. Mas, a realidade para a qual não podemos mais fechar os olhos é que estamos vivendo a era da “comoditização da economia”, onde todos os produtos e serviços são rápida e fartamente copiados por uma concorrência numerosa e sem diferenças perceptíveis significativas entre eles, fazendo com que tudo seja tratado como autêntica commodity ou produto genérico cujo preço é fator importante no processo de tomada de decisão de compra. Principalmente os produtos e serviços necessários, mas não desejados, como muito provavelmente devem ser os que sua empresa vende.

Por outro lado, apesar de que em essência os produtos e serviços se tornaram muito parecidos, sabemos que diferenças certamente existem. Mas, em geral elas são sutis e se referem a valores intangíveis como conhecimento, experiência, prática, vivência, tecnologia, ética, honradez, seriedade, responsabilidade, infraestrutura operacional, infraestrutura administrativa, capacidade financeira, etc. e por isso mesmo, elas são difíceis de serem mensuradas, demonstradas e comprovadas na prática, e mais difíceis ainda de serem entendidas por clientes inexperientes e não técnicos.

E, como se tudo isso fosse pouco, todas as empresas dizem que são as melhores. Eu, pelo menos, nunca encontrei alguém que me dissesse: “Professor, a minha empresa é a pior...”. Aliás, você conhece alguém que diz que a empresa dele é a pior? Ainda, você acha que os seus concorrentes dizem para os clientes que a sua empresa é melhor que a deles?

Então, imagine como fica a cabeça do cliente quando ele pede orçamento para três empresas? Ele não tem conhecimentos técnicos para perceber as diferenças intangíveis. E como todos os concorrentes dizem que “são os melhores”, ele vai optar por “um dos melhores” que tenha “o menor preço”. Faz sentido. Não faz?

Portanto, de nada vai adiantar ficar reclamando que os concorrentes são predatórios e os clientes só querem saber de “preço”, preço e mais preço, porque, de um lado, não se pode impedir o surgimento de concorrentes e tampouco se pode obrigá-los a vender por preços maiores que os da sua empresa. E por outro lado, não se tem como mudar esse comportamento natural do ser humano de comparar preços.

Há vários anos eu venho pesquisando o tema e finalmente montei um curso específico com oito horas de duração que ensina passo a passo como sua empresa pode se livrar dessa comparação de preços.

Nesse curso, “Como driblar a comparação de preços” eu apresento dicas práticas para você e sua equipe de marketing e vendas usá-las para “driblar” a comparação de preços e assim poderem vender mais e por um preço melhor.

Todavia, se sua empresa não quiser investir nesse ensinamento para o seu pessoal, a alternativa é deixá-los continuar tentando descobrir por conta própria um meio de não perder tantos pedidos por causa do “preço baixo da concorrência”. Vai sair muito mais caro.

Ainda, seria bom também levar em conta o que dizia o grande jogador de basquete, Michael Jordan: “um jogador pode praticar arremessos oito horas por dia, mas se a técnica dele estiver errada, tudo o que ele irá conseguir, será se tornar um grande arremessador de bola do jeito errado”.

Mais além do meu interesse comercial, de coração e em boa fé eu recomendo que sua empresa não deixe de propiciar esse ensinamento para o seu pessoal, porque esse curso poderá mudar completamente os rumos lucrativos da sua empresa.

 

Prof. Faccin
 

 
 
 
 
 

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