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Quem faz a empresa
"funcionar" são os "funcionários"
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Logo, se os “funcionários” não
“funcionarem” direito, obviamente, a empresa não
“funcionará” bem e os clientes irão para a concorrência
na expectativa de que ela funcione melhor.
Agora, para funcionarem direito, os funcionários
“precisariam” ter:
1. Raciocínio lógico; e
2. Capacitação funcional.
Todavia, o Censo do IBGE de 2010 mostra que 49,5% da
população adulta (25 anos ou mais) não completou o
ensino fundamental e na outra ponta estão apenas
11,3% que têm curso superior (completo ou incompleto).
Dados divulgados no dia 09/03/2013 pela SARESP - Sistema
de Avaliação do Rendimento Escolar de São Paulo de 2012
mostram que dos alunos da 9ª serie do ensino
fundamental, só 9,1% têm conhecimentos adequados de
matemática e 14,3%, de português.
A Gazeta online de 23/07/12 divulgou dados do estudo
realizado pelo Instituto Paulo Montenegro segundo o qual
38% dos universitários também têm dificuldades para
escrever, ler e interpretar textos.
Resumindo: além dos 49,5% que não concluíram o ensino
fundamental, 91% dos que o estão concluindo e 38% dos
universitários fazem parte do grupo que se convencionou
chamar de “analfabetos funcionais”.
Analfabeto funcional é a pessoa adulta que teve uma
educação básica deficiente, motivo pelo qual ela apenas
consegue decodificar letras, frases, sentenças, textos
curtos e números. Mas, não consegue resolver problemas
de aritmética e interpretar textos.
Sem aprender a resolver os problemas de aritmética
ensinados no curso fundamental e sem saber interpretar
textos ou mais especificamente, sem conseguir
identificar o que está “por trás” daquilo que está
escrito, ou seja, o real significado do contexto (encadeamento
das ideias), o indivíduo não desenvolve a capacidade
de elaborar um raciocínio lógico, como deduzir
conclusões analisando as premissas; induzir premissas
partindo das conclusões; abduzir ou supor premissas com
base nas evidências repetitivas dos fenômenos; fazer
associações de ideias; estabelecer relações e
correlações; perceber relações de causa e efeito; etc.
Todavia, é importante ressaltar que: hoje já quase 70%
do PIB brasileiro são produzidos pelo setor de serviços,
incluindo o comércio; serviço se presta com gente e não
com máquina; cada vez mais os serviços estão deixando de
ser padronizados para serem personalizados onde o
objetivo subjacente é o de CRIAR SOLUÇÕES que atendam as
necessidades específicas de cada cliente.
Com o desenvolvimento rapidíssimo das impressoras 3D, em
alguns anos mais, até mesmo grande parte da produção
industrial deixará de ser padronizada para ser
personalizada (vide o livro Makers - a Nova Revolução
Industrial, de Chris Anderson).
No ambiente atual e no do futuro imediato, o funcionário
da linha de frente precisa e precisará cada vez mais,
ter capacidade de raciocínio lógico para poder conhecer
e pensar como os clientes para conseguir satisfazer suas
necessidades atuais e futuras, bem como criar valor para
eles usando todos os meios à sua disposição.
Todavia, devido à incapacidade de elaborar um raciocínio
lógico mais complexo, a maioria dos funcionários tem
dificuldade de lidar com as situações intempestivas,
adversas, inusitadas e mais complexas com as quais eles
se deparam rotineiramente no seu dia a dia operacional.
Por outro lado, a ausência desses atributos intelectuais
também torna o indivíduo incapaz de perceber
necessidades subjacentes no mercado e de buscar soluções
criativas, inovadoras e inventivas, que são essenciais
para a empresa se desenvolver e se diferenciar da
concorrência. Ou seja, sem capacidade de raciocínio
lógico ele não tem como colaborar com o desenvolvimento
da empresa.
Por seu turno, a incapacidade de raciocinar logicamente,
associada à dislexia ou dificuldade de ler, escrever e
interpretar textos, afeta a capacidade de comunicação do
indivíduo.
Essas deficiências se refletem na fase adulta através de
comportamentos confusos e desorganizados.
Eu tenho dois netos norte-americanos, hoje com nove e
oito anos, respectivamente. Há três anos fui conhecer a
escola (do governo) do mais velho que estava com seis
anos e me chamou a atenção um quadro afixado na parede
da sala de aula com a seguinte mensagem:
“12 Powerful Words” - 1. List (List in steps), 2.
Analyze (Break apart), 3. Infer (Read between the lines),
4. Evaluate (Judge), 5. Formulate (Create), 6. Describe
(Tell all about), 7. Support (Back up with details), 8.
Explain (Tell how), 9. Summarize (Give the short
version), 10. Compare (All the ways they are alike), 11.
Contrast (All the ways they are different), 12. Predict
(What will happen next).
Tradução livre: "12 palavras poderosas" - 1. Listar
(Liste em etapas), 2. Analisar (Quebre em partes), 3.
Inferir (Leia nas entrelinhas), 4. Avaliar (faça
julgamentos), 5. Formular (Crie), 6. Descrever (diga
tudo sobre), 7. Apoiar (sustente com mais detalhes), 8.
Explicar (Diga como), 9. Resumir (Dê uma versão curta),
10. Comparar (Todos os caminhos que eles são iguais),
11. Contrastar (Todos os caminhos que eles são
diferentes), 12. Prever (o que vai acontecer depois).
Essa era a mensagem que estava afixada numa sala de aula
do governo de um garoto americano de seis anos!
O problema é que se o raciocínio lógico não for
desenvolvido através de exercícios primários de
aritmética e a dislexia não for combatida no ensino
fundamental, eles serão bem mais difíceis de serem
desenvolvidos na fase adulta através de outros meios.
Apesar disso, em abril de 2010 o Congresso Nacional
alterou o artigo 36 da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação tornando obrigatória a inclusão da sociologia e
da filosofia em todas as séries do ensino médio.
A intenção foi boa, porque podemos dizer que a filosofia
é a ciência do questionamento racional, do ceticismo, da
dúvida e da análise crítica que envolve a capacidade de
fazer perguntas certas (mais importante que dar as
respostas certas).
Mas, se o indivíduo é disléxico e não desenvolveu o
raciocínio lógico no ensino fundamental, não será nada
fácil para ele aprender filosofia no ensino médio.
Como se isso não bastasse, ainda temos como agravante o
problema da obediência inconteste aos dogmas religiosos
que desestimulam o exercício do processo mental e do
pensamento.
Aceitar uma assertiva como verdade verdadeira, sem
questionar e sem exigir comprovação, embota o
desenvolvimento do raciocínio lógico e isso é o oposto
do que se espera e do que se precisa do ser humano neste
mundo do conhecimento do século XXI.
Agora, se por um lado é muito difícil ensinar raciocínio
lógico a pessoas adultas, não é nada difícil ensinar
“procedimentos” profissionais através da repetição
contínua e exaustiva das instruções funcionais para que
os funcionários façam pelo menos o “arroz com feijão”
bem feito.
E fazer o “arroz com feijão” bem feito já é de bom
tamanho para melhorar a qualidade do serviço prestado;
reduzir custos de desperdícios e retrabalhos; aumentar a
satisfação e a fidelidade dos clientes; restringir a
perda de clientes; e aumentar os lucros.
Importância de treinar e retreinar.
É senso comum que só absorvemos uma pequena parte
daquilo que lemos num livro. Também é certo que só
absorvemos uma pequena parte daquilo que é ministrado
numa palestra, num curso ou num treinamento.
Agora, se por um lado não conseguimos captar tudo o que
nos foi ministrado, por outro lado, segundo um relatório
da Harvey Research dos EUA, experiências feitas pelo
cientista alemão, Dr. Hermann Ebbinghaus, indicam que
apenas uma hora após havermos tomado conhecimento de uma
nova informação, nossa memória retém apenas 44% dela; um
dia depois, retém apenas 34%; e um mês depois, apenas
21%.
Isso é assim porque não temos o hábito de rever o que
aprendemos, imediatamente após termos aprendido. O
problema é que o nosso cérebro descarta aquilo que não é
repetido ou não é lembrado. Ele supõe que o que não é
repetido ou não é lembrado não interessa. Então, ele
descarta o que não interessa para liberar espaço de
armazenamento de memórias que interessam.
Ele faz isso automaticamente porque apesar de a
capacidade de armazenamento do nosso cérebro ser muito
grande, ela não é ilimitada. Os velhos que o digam!
Por outro lado, é impossível a qualquer um atingir a
excelência em qualquer profissão se não houver um
treinamento repetitivo e exaustivo. Os atletas de alto
desempenho que o digam!
A questão é que o mundo é caótico por natureza. Mas,
para que nós não sejamos descoordenados, como um bebê
que está começando a andar ou a comer sozinho, o cérebro
busca padrões de procedimentos em tudo o que fazemos
para poder coordenar gentilmente os nossos movimentos.
Para executarmos qualquer ação motora o cérebro precisa
enviar aos nossos músculos uma quantidade de energia e
informação para que eles se movimentem “gentil e
coordenadamente”.
Todavia, ele só consegue “calibrar” a quantidade exata
de energia e informação através do processo
“tentativa/erro”. É por isso que quando vamos fazer algo
pela primeira vez é um desastre.
Experimente pronunciar uma palavra estrangeira
desconhecida e veja no que dá. Como ela nunca fora
pronunciada antes, simplesmente o nosso cérebro não
consegue calibrar e enviar logo de cara a quantidade
exata de energia necessária e o tipo de informação
adequada para que os músculos da boca a pronuncie com
perfeição.
A cada repetição o cérebro vai calibrando mais
precisamente a quantidade de energia e o tipo informação
necessários para que a boca pronuncie a palavra com
perfeição.
Depois de repetir a palavra várias vezes, será possível
atingir a perfeição na pronúncia, na entonação e na
sonoridade.
Ou seja, para se atingir a perfeição em qualquer coisa
que nos dispomos a fazer é preciso aprender e repetir
imediatamente o aprendizado para memorizá-lo (armazenar
no cérebro). Depois é preciso repeti-lo à exaustão
se quisermos automatizar o processo e atingir a
excelência.
No dia 20 de março passado a Rede Globo de Televisão
levou ao ar uma série de reportagens sobre o
funcionamento do cérebro, onde na 2ª reportagem os
cientistas mostraram a importância da repetição para se
atingir a excelência.
Se o desejar, veja reportagem e vídeo no link a seguir:
http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2013/03/exercicio-cerebral-constante-pode-levar-excelencia-no-que-se-faz.html
Entre outras coisas, é devido às falhas na educação
básica e na falta de intensivos e repetitivos
treinamentos funcionais que um funcionário brasileiro
gasta mais de cinco dias para produzir o que um
funcionário americano produz em um dia.
Talvez ele tenha uma boa parcela de culpa nisso, mas eu
diria que ele é mais vítima do que algoz. Afinal, ele
não encontrou pendurado na sala de aula do primeiro ano
escolar o quadro com as “12 palavras poderosas”.
Diante dessa realidade, ou a empresa investe em cursos
de capacitação e treinamento da sua mão de obra ou tem
prejuízo com ela. Não há alternativa. É isso ou não tem
como fazer a empresa funcionar direito, porque mão de
obra qualificada e “pronta para uso” disponível no
mercado, simplesmente não existe.
Nossa consultoria desenvolveu uma grade com quase 50
cursos e palestras específicos para funcionários de
empresas iguais a sua. Todas já amplamente testadas e
aprovadas. Consulte-nos sem compromisso.
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