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Burocracia tributária leva
R$ 20 bi de empresas
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02 de outubro de 2011 | 10h 17
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SÃO PAULO - A cada hora, cinco novas
regras tributárias chegam à contabilidade das empresas
brasileiras. Para colocá-las em prática, um batalhão de
profissionais é acionado, softwares são alterados e
planilhas refeitas. No fim do dia, a maratona para ficar
em ordem com o Fisco já corroeu 1,16% do faturamento da
empresa no período. Em um ano, a conta fica salgada.
Levantamento da Federação das Indústrias do Estado de
São Paulo (Fiesp) mostra que as empresas gastam R$ 19,7
bilhões só com a burocracia do sistema tributário.
O custo equivale ao que a indústria de
transformação desembolsa por ano com a folha de
pagamento e supera em 58% o investimento em pesquisa e
desenvolvimento, revela o estudo. Intitulado Carga Extra
da Indústria Brasileira, o trabalho mostra o quão pesado
é o gasto da indústria para preparar o pagamento de um
tributo e honrar outros compromissos com a União,
Estados e municípios.
"Custa caro manter o complexo sistema tributário
brasileiro. Não bastasse a elevada carga de impostos e
contribuições, que na indústria chega a 40,3% dos preços
dos produtos, as companhias também têm de arcar com essa
despesa adicional", afirma o diretor do departamento de
competitividade e tecnologia da Fiesp, José Ricardo
Roriz Coelho, coordenador do estudo. Segundo ele, até
chegar ao consumidor final, considerando a
cumulatividade da cadeia produtiva, os gastos com o
sistema podem chegar a 2,6% do preço dos produtos
industriais.
O maior custo das empresas é com pessoal. De
acordo com o estudo, são dez funcionários para realizar
cada atividade, como folha de pagamento, escrituração
fiscal e contabilidade. "Na minha empresa, há um
batalhão de pessoas trabalhando pra valer nessas áreas",
afirma o diretor Saulo Pucci Bueno, membro do conselho
de administração do Grupo Amazonas, que produz solados e
saltos de borracha. Ele conta que só na contabilidade
são 15 pessoas, que gastam quase 30% do tempo de
trabalho preenchendo papéis.
Além disso, como o sistema tributário é complexo
e suas regras mudam diariamente, a empresa mantém outros
seis funcionários para auditar o trabalho feito pela
contabilidade. Apesar de a maioria das atividades serem
eletrônicas, Bueno diz que ainda há muita coisa em
papel. "Exemplo disso é que mantemos um prédio só para o
arquivo morto e dois funcionários para organizar toda
papelada. E eles trabalham bastante." As informações são
do jornal O Estado de S. Paulo.
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