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Eficiência de 'Geração Google' na internet é mito
Senso comum 'supervaloriza'
capacidade de jovens de obter informações, diz estudo. |
04-02-08 |
Um estudo encomendado pela Biblioteca
Britânica (British Library) desfaz o que chama de "mitos
sobre a geração Google", e diz que suposta capacidade
das gerações mais jovens de buscar informações através
dos novos recursos tecnológicos seria "supervalorizada".
Segundo o estudo da University College of London,
os jovens adolescentes de hoje não são necessariamente
eficientes em fazer pesquisas pela internet, não
permanecem mais tempo online que as pessoas mais velhas
e não destoam do resto da sociedade em priorizar
informação rápida e digerida.
Para os pesquisadores, é preciso tomar cuidado
com suposições como a de que as gerações mais jovens são
mais autodidatas que gerações anteriores.
O estudo, que tenta esclarecer como as novas
tecnologias afetarão o futuro das bibliotecas, define
como "geração Google" os jovens nascidos a partir de
1993, depois da popularização do microcomputador,
confortáveis com as novas tecnologias e acostumados à
permanente conectividade.
"Na verdade, já somos a Geração Google: a
demografia da internet e do consumo de mídia está
erodindo supostas diferenças geracionais", diz o
estudo."De certa maneira, o rótulo de Geração Google
atrapalha."
Mitos
Entre as crenças que os pesquisadores chamam de
"mitos", está a de que as novas gerações são mais
eficientes que as anteriores em obter informações na
internet.
"Este é um mito perigoso. Alfabetização digital e
alfabetização informativa não caminham de mãos dadas",
diz o estudo, segundo o qual muitos jovens não são
capazes de filtrar o imenso arsenal de dados da rede.
Outra inverdade sobre as novas gerações, dizem os
pesquisadores, é a de que elas são mais propensas a
buscar informações rápidas e digeridas que seus pais.
A preferência por textos resumidos e buscas por
palavra é "uma norma para todos". "A sociedade (como um
todo) está se emburrecendo", diagnostica o estudo.
Nem mesmo a crença de que as pessoas mais jovens
passam mais tempo online que as pessoas mais velhas se
sustenta, dizem os pesquisadores.
Eles citam um estudo recente realizado em
diversos países, que mostrou que pessoas com mais de 65
anos passam mais tempo conectadas à internet que aquelas
entre 18 e 24 anos.
Por outro lado, o estudo confirmou que a "geração
Google" é afeita à prática de "copiar e colar"
informações para suas pesquisas, e prefere plataformas
interativas de informação que o consumo passivo delas.
O estudo deixou em aberto a hipótese de que os
jovens sejam mais capazes que seus pais de realizar
diversas tarefas ao mesmo tempo.
"A questão mais ampla é saber se habilidades
seqüenciais, necessárias para a leitura, também estão
sendo desenvolvidas."
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