Conforme mencionamos na primeira
parte deste ensaio, em toda crise financeira se pode
detectar um comportamento que estimula o processo
(equívoco indutório) e três comportamentos que ampliam
os seus efeitos: inconseqüência, irresponsabilidade e
comportamento de manada.
Se você não o recebeu e se o desejar, pode acessá-lo
diretamente pelo link:
1ª parte do artigo
Naquela primeira parte analisamos apenas o comportamento
indutor. Nesta segunda parte, iremos analisar os outros
três. E na próxima ou nas próximas, vamos meditar sobre
os possíveis efeitos disso tudo.
Como se sabe, sempre que ocorre algo contrário aos
interesses do ser humano, ele procura buscar um
‘culpado’ ou um ‘bode expiatório’. E com essa crise não
poderia ser diferente.
Em parte, isso é devido ao fato de que o ser humano foi
educado para dar explicações de tudo o que vê e faz. E
em parte, é devido à nossa fraqueza por ‘atalhos’ que,
supostamente, cortam caminhos.
Assim, quanto mais rapidamente ‘descobrimos a causa’ do
problema, mais rapidamente ‘encontramos a solução’ para
o problema.
E, nesse caso, não importa muito se a causa encontrada é
a verdadeira ou não e se a solução, vai solucionar ou
não. O importante é se livrar logo do abacaxi. E com
essa crise financeira mundial não está sendo diferente.
Veja algumas das causas mirabolantes encontradas pelos
políticos e especialistas de plantão e algumas sugestões
‘criativas’ para eles solucionarem os problemas com
facilidade.
Causa nº 1. |
Para o Ayman al-Zawahri, número dois da
Al-Qaeda, essa crise financeira é uma vingança de Alá
contra as campanhas militares dos EUA no Iraque e no
Afeganistão (não estou brincando, ele deu essa
declaração para a imprensa). |
Solução nº 1. |
Essa é bem simples de resolver: basta o Obama, que já não tem mais dinheiro para brincar de
fazer guerrinhas pelo mundo afora, tirar as tropas de
lá, que Alá vai se acalmar e tudo voltará a ser como era
antes. |
Causa nº 2. |
Para o Fidel Castro, a culpa é do sistema
capitalista. |
Solução nº 2. |
Simples, implantemos o comunismo do Fidel
e o problema estará resolvido – todo mundo vira pobre e
não haverá mais crise financeira. |
Causa nº 3. |
Para a imprensa em geral, o responsável pela
crise foi a tal da subprime, títulos hipotecários de
devedores americanos de alto risco. |
Solução nº 3. |
Simples, bastará não emprestar mais
dinheiro para os pobres comprarem casa que o problema
acaba... |
Causa nº 4. |
Para muitos analistas econômicos, a culpa
foi dos derivativos (opções de compra e contratos a
termo) que são muito voláteis.
Apenas para você ter uma idéia, os primeiros
derivativos, que se tem registro, datam do século XII
quando os vendedores nas feiras medievais assinavam
contratos, denominados lettres de faire, prometendo a
entrega futura dos itens vendidos e os senhores feudais
japoneses vendiam seu arroz para entrega futura em um
mercado chamado Cho-ai-mai, sob contratos que os
protegiam do mau tempo ou da guerra. |
Solução nº 4. |
Fantástico, vamos eliminar um sistema que
teve início há vários séculos atrás e acabaremos com o
problema. |
Causa nº 5. |
Para o ex-sindicalista e ex-socialista, Luis
Inácio Lula da Silva, a culpa (eterna) é dos ricos. |
Solução nº 5. |
Maravilha. Vamos eliminar os ricos da face
da terra e os pobres irão viver maravilhosamente bem,
sem crises financeiras. |
Causa nº 6. |
Para o articulista da revista Veja, Stephen Kanitz, a causa foi a criação de uma lei em 1913 nos EUA
que permite ao contribuinte deduzir da renda tributável,
os juros da compra da casa própria, até o limite de um
milhão de dólares de dívida. |
Solução nº 6. |
Esta é muito fácil de resolver: basta
impedir que o contribuinte americano deixe de deduzir os
juros da casa própria do imposto de renda e nunca mais
teremos crise financeira. |
Causa nº 7. |
Para o Lula, nosso ingênuo presidente, a
culpa é dos investidores que ‘transformaram a economia
num grande cassino’. |
Solução nº 7. |
Fácil. Fechemos as bolsas de valores e de
futuros e o problema estará resolvido. |
Causa nº 8. |
Para o fundador e presidente do Fórum
Econômico Mundial, Klaus Schwab, a culpa é da ganância e
da irresponsabilidade de alguns. |
Solução nº 8. |
Tranquilo. Eliminemos a ganância da face
da terra que tudo se resolverá. |
Causa nº 9. |
Para o Nicolas Sarkozy, a culpa é da falta
de regulamentação dos mercados e dos especuladores. |
Solução nº 9. |
Mais fácil impossível. Bastará regular os
mercados e acabar com os investidores que o problema
será resolvido. |
Causa nº 10. |
Para o economista americano, Jeremy Rifkin,
ela é conseqüência da crise energética e do aquecimento
global. |
Solução nº 10. |
Se é o problema é esse, então deixemos o
carro na garagem e vamos a pé para o trabalho que o
problema se resolverá. |
Causa nº 11. |
Para o deputado Delfim Netto, ex-ministro
da Economia do Brasil, a crise está fora da economia:
‘seria uma crise de expectativa, de crença, de
confiança’. |
Solução nº 11. |
A solução desta é indolor e facilmente
alcançável: nos bastará ter expectativa, crença e
confiança que aqueles 5 trilhões de dólares que
evaporaram da economia retornarão rapidinho, como num
passe de mágica... |
Causa nº 12. |
Para o Obama, a culpa é dos altos salários
dos executivos e a da ganância dos especuladores. |
Solução nº 12. |
Acabemos com os executivos e com os
gananciosos investidores e resolvamos o problema. |
Causa nº 13. |
Para os gozadores de plantão, a culpa é dos
economistas que não sabem fazer projeções (pouparam os
matemáticos que inventaram os cálculos de
probabilidade). |
Solução nº 13.
|
Acabemos com os economistas e o problema
se resolverá. |
E vai por aí afora.
Se você quiser, também poderá incluir mais algumas
babaquices dessas a essa lista. Basta ler qualquer
jornal ou revista que esteja circulando hoje que vai
encontrar um monte delas.
Agora, suponha que alguém despejasse um pacote de gelo
no chão do seu escritório sem que você tivesse visto.
Quando você chegasse e visse aquela poça d’água no chão,
o mais provável é que fosse supor que alguém, sem
querer, virou um copo d’água e se esqueceu de secar o
chão.
Dificilmente você iria supor que a origem dela foi essa
história do gelo que botaram no chão. Afinal, seria
incomum alguém fazer isso.
E isso é assim porque nós identificamos os eventos pelo
método de associação de imagens e histórias e de outros
estímulos armazenados anteriormente em nossas mentes.
Então, se o que aconteceu é inédito, não temos nada
igual armazenado na nossa mente para associar, comparar
e inferir um juízo de valor.
Portanto, para a nossa mente, o que acabou de acontecer
não passa de uma metáfora, ou algo parecido com o que já
vimos no passado.
E, como na mente de cada um tem uma quantidade e
qualidade de imagens e histórias diferentes armazenadas
ao longo da sua vida pessoal, a associação destas com a
metáfora do evento que ele está vendo não poderá ter
nenhuma relação com a realidade dos fatos (gelo no
chão).
É por isso que mil ‘especialistas’ encontrarão causas e
soluções diferentes para esse evento que é inédito na
história da humanidade.
É por isso também que não devemos dar a mínima atenção
para as suas explicações e considerações sobre o que
aconteceu e muito menos ainda sobre o que virá pela
frente.
Afinal, com base na observação de um único evento
ocorrido é impossível, não só entender apressadamente o
que aconteceu como principalmente prever as
conseqüências.
Mas, a localização imprecisa das causas também está
relacionada à nossa propensão de seguir por atalhos para
chegar logo ao destino. É por isso que sempre procuramos
atribuir ao efeito, uma causa de senso comum que nos
parece ser mais lógica e óbvia.
Isso é normal. Todavia, os seres humanos normalmente não
se comportam de maneira óbvia, racional e lógica.
Mais de 95% dos nossos processos mentais e os
pensamentos deles resultantes não são percebidos pela
nossa mente consciente e lógica, devido à grande
velocidade a que eles são processados (17 a 33
milissegundos).
Quando se vive uma experiência pela primeira vez, a
mente dedica muitos recursos e tempo (às vezes minutos,
horas, dias e até mesmo meses ou anos se o cara for
cientista) para compreender o que está acontecendo e
elaborar uma resposta racionalizada e, portanto lógica.
O problema é que isso consome muita energia. Pensar
cansa!
Contudo, à medida que a mesma experiência vai se
repetindo, a mente gasta cada vez menos recursos, porque
ela se utiliza da resposta armazenada anteriormente.
Isso é assim porque um adulto tem em média 50 mil
processos mentais por dia. Portanto, qualquer um ficaria
louco se a sua mente tivesse que processar
conscientemente toda essa quantidade absurda de
informações diariamente.
Aliás, é por isso também que, diariamente, a maioria dos
nossos pensamentos (95%) que resultam em ações, é
‘automático’ ou inconsciente e, portanto não
racionalizado e ilógico.
Imagine se cada vez que a gente visse uma lâmpada
tivesse que raciocinar para chegar à conclusão de que
aquele objeto é uma lâmpada...
No caso da água no chão do seu escritório, o mais lógico
e óbvio seria alguém ter deixado um copo d’água virar.
Pensamos assim porque já vimos esse ‘filme’ ou outro
parecido, antes. E, ao ver a água no chão, rapidamente,
a nossa mente já a associa a um copo virado e nos dá
essa resposta pronta.
Aliás, é devido às respostas prontas da nossa mente que
geralmente atribuirmos aos efeitos, causas equivocadas.
E é por isso também que não conseguimos resolver a
maioria dos problemas: atribuímos soluções certas para
causas erradas, como aquela dúzia de soluções que
propusemos por brincadeira no início deste.
É certo também que muitas causas estão fora do nosso
campo de percepção consciente e inconsciente. Mas, isso
já é bastante mais complexo. Todavia, se formos procurar
algo no ‘local’ que ele não está, não teremos como
encontrá-lo.
Mas, como fomos educados para dar uma solução para tudo
que vemos e fazemos, pegamos qualquer outra coisa que
encontramos pela frente naquele ‘local’ e atribuímos a
ela a causa dos nossos problemas.
E como se tudo isso fosse pouco, ainda o nosso processo
cultural nos induz a atacar os efeitos e não as causas,
na base do ‘bateu levou’, sem querer saber por que
‘bateu’.
Agora, imaginar que uma crise dessas proporções possa
ter uma única causa óbvia e de senso comum é muita
insensatez.
Uma crise dessa proporção só pode ser resultante de uma
ampla e complexa rede de causas (milhões e até trilhões)
que se manifestaram sob determinadas condições.
A questão é que para se tentar descobrir todas as
possíveis causas que deram origem à essa crise, seria
necessário fazer-se uma engenharia reversa e esmiuçar-se
até a menor unidade de tempo concebível, porque num
ínfimo ponto no tempo existe um processo constante e
dinâmico que pode ter desencadeado esse processo.
Mas, é exatamente isso o que os homens da ciência
deveriam fazer neste momento, se quisermos evitar que
uma nova crise como essa ou até de piores proporções nos
pegue outra vez de surpresa.
O que não podemos é deixar que os políticos e
‘analistas’ fiquem distorcendo a mente do mercado a
ponto de tirar a atenção da busca pelas causas
essenciais.
É certo que os indivíduos que estão exercendo cargos
políticos importantes, como os citados antes, não têm
muito como fugir dos holofotes da imprensa e por isso
precisam, sim ou sim, dar a sua versão dos fatos.
Aliás, o público espera isso deles. E, por seu turno,
eles também esperam essa oportunidade de ouro, que lhes
é dada gratuitamente pela imprensa, para aparecer.
E como eles não sabem exatamente o que gerou todo esse
imbroglio, falam qualquer babaquice. E o que é pior: o
povão acredita...
Como se não bastasse as ‘autoridades’ falando besteiras,
ainda existe a figura dos profissionais do apocalipse,
os tais dos ‘analistas’ (palpiteiros) econômicos, que
aparecem nos telejornais ou que escrevem para os jornais
e revistas.
Aliás, uma crise como essa é uma oportunidade rara para
essa turma aproveitar para ganhar grande exposição na
mídia, mesmo falando um monte de asneiras.
Mas, pior que os políticos e ‘especialistas’ é a
irresponsabilidade da imprensa.
Como o que atrai a atenção do público são as tragédias,
então a imprensa falada, escrita e televisada se
encarrega de, rápida e irresponsavelmente, transformar
as baboseiras ditas pelos ‘especialistas’ em verdadeira
tragédia planetária.
E, uma crise como essa é um prato cheio para as
emissoras de televisão e editoras de jornais e revistas
lavarem a alma com os extraordinários índices de ‘Ibope’
que alcançam.
É certo que eles vivem disso. Afinal, quanto mais Ibope
um periódico der, maior será o preço da publicidade.
Dessa forma, quando não há notícias ruins, o jeito é
fabricá-las!
Quando eu trabalhava na Argentina assisti várias vezes a
uma cena patética que ocorria com certa frequência na
imprensa.
Nas semanas ‘mornas’, aquelas que não apareciam nenhuma
notícia ruim digna de nota, os jornalistas não tinham
dúvida: iam entrevistar o Maradona que, para não perder
o hábito, acabava sempre metendo o pau em alguém. Se não
era um argentino, invariavelmente a vítima era o Pelé...
No dia seguinte lá estava estampada na primeira página
do jornal uma manchete destacando a besteira dita pelo
Maradona.
O público delirava e corria às bancas para comprar o
jornal. A edição se esgotava em poucas horas.
Em seguida, para não deixar a notícia morrer, os
jornalistas corriam para entrevistar o ofendido, que
também aproveitava para descer a lenha no Maradona.
Pronto! O buxixo estava armado e o povão ia às bancas de
jornal comprar pilhas e mais pilhas de jornal todos os
dias para ver o próximo capítulo da disputa...
E isso ia assim até que a curva de interesse pela
notícia começasse a declinar ou que aparecesse outra
notícia pior (melhor para eles) para substituí-la.
É claro que existe uma parte da imprensa que é séria.
Mas mesmo os periódicos sérios também precisam publicar
a fala das ‘autoridades’ e as ‘análises’ dos
‘especialistas’ de plantão.
O problema é que, como o mundo jornalístico está todo
hiperconectado, uma notícia ruim que surge em Tókio, em
questão de minutos se espalha pelo mundo contagiando a
todos que encontra pela frente, afetando o seu humor e
as suas decisões de compras e investimentos.
Essas informações negativas e pessimistas dos
especialistas de plantão produzem descargas de
adrenalina no nosso corpo, o que nos deixa tensos e
promove um mal estar físico geral.
E, como se isso não bastasse, ainda podemos reter esse
estado de espírito (bom ou mau) por muito tempo,
inclusive com reflexos no nosso organismo.
Em tudo o que fazemos ou dizemos, podemos fazer com que
os outros se sintam melhor ou pior. E, lamentavelmente,
diariamente a imprensa só faz nos jogar ladeira abaixo.
Acordamos alegres, cheio de vida e otimistas numa linda
manhã ensolarada. Mas, basta abrirmos o jornal, assistir
ao telejornal matutino ou acessar a Internet e lá vem
uma enxurrada de más notícias para estragar o nosso dia,
mudando o nosso ânimo e as nossas disposições para os
negócios.
A verdade é que essa turma toda, que é farinha do mesmo
saco, acaba amplificando os fatos e tornando a crise
muito mais profunda e grave do que ela realmente seria
se ela não existisse.
O problema maior é que, de acordo com o psicólogo
Cialdini, quando nos sentimos inseguros em relação a nós
mesmos, quando a situação é pouco clara ou ambígua,
quando a incerteza reina, temos maior probabilidade de
ver e aceitar as ações dos outros como corretas.
Parece que deduzimos que, se um monte de gente está
fazendo a mesma coisa, essas pessoas devem saber algo
que nós não sabemos.
Especialmente quando estamos inseguros, ficamos
dispostos a depositar quantidade enorme de confiança na
sabedoria coletiva da multidão.
Por isso, infelizmente, quanto mais pessoas acharem que
uma idéia é correta, mais ela será correta.
É a tal da resposta automática. Uma maneira inconsciente
(pensamento pronto para uso) que usamos para determinar
o que está certo e o que está errado é descobrir o que
os outros acham o quê é certo, e o quê é errado.
Não importa o que seja. Desde o que fazer com um saco de
pipoca vazio no cinema, a que velocidade viajar numa
estrada ou como comer frango num jantar. As ações das
pessoas à nossa volta serão sempre importantes para
definir a nossa conduta.
Talvez seja por isso que o influente escritor e
jornalista americano, Walter Lippman, dizia que ‘onde
todos pensam igual, ninguém pensa muito’ e o nosso
debochado Nelson Rodrigues dizia que ‘a maioria é
burra’.
Para o consultor de vendas e motivação Cavett Robert o
problema é de outra ordem: ‘como 95% das pessoas são
imitadoras e apenas 5% são iniciadoras, elas são mais
convencidas pelas ações dos outros do que por qualquer
prova que possamos lhes oferecer’.
O problema é que essa turma de políticos e analistas,
com suas declarações irresponsáveis; e a imprensa, com a
divulgação massiva e inconsequente dessa babaquice toda,
acabam por contagiar negativamente os agentes
econômicos, empurrando-os para o precipício econômico e
social. E, não raro, causando pânico.
E, quando o pânico se instala é um salvem-se quem puder.
E quando todo o mundo tenta se salvar ao mesmo tempo o
resultado é que todo o mundo morre junto.
Se todos correrem para vender suas ações, o preço delas
irá desabar (lei da oferta e procura); se todos correrem
para comprar dólar para se precaver, o valor do dólar
irá aumentar (lei da oferta e procura); se todos
correrem para tirar o seu dinheiro do banco, ele irá
quebrar porque boa parte do dinheiro depositado está
emprestada para outros; etc.
Os funcionários de matadouros sabem, há tempo, que a
mentalidade de um rebanho o torna fácil de ser
manipulado. Basta fazer com que alguns de seus
integrantes se desloquem na direção desejada e os outros
irão segui-los mecanicamente.
Richard Hudson afirma que a independência é uma grande
virtude e para ilustrar sua tese, conta a história de
como o pai do matemático francês Benoit Mandelbrot,
preso num campo de prisioneiros durante a ocupação da
França na segunda guerra, escapou da morte.
Certo dia, um grupo de combatentes da Resistência atacou
o campo, desarmou os guardas e disse para os
prisioneiros fugirem antes que as forças alemãs
contra-atacassem.
Os prisioneiros, surpresos e desorientados, partiram em
massa rumo a Limoges, nas proximidades, seguindo pela
rodovia. Depois de meio quilômetro, o pai de Mandelbrot
concluiu que aquilo era loucura. Separou-se sozinho do
bando, abandonou a estrada aberta e embrenhou-se na
floresta em busca de auxílio.
Pouco depois, ouviu o barulho de um bombardeiro de
mergulho alemão metralhando seus companheiros na
estrada. Só ele, sozinho na floresta, se salvou.
Nesse aspecto precisamos cumprimentar o nosso presidente
Lula, pois apesar de ele ter apanhado como gente grande
da imprensa, se mostrou o mais lúcido de todos com a sua
tese da ‘marolinha’ e sua postura firme ao conclamar o
povo para não parar de comprar.
Nos próximos capítulos vamos abordar outros temas
interessantes sobre a crise, já que é uma oportunidade
rara de aprendermos no exato momento em que ela está se
dando e nós a estamos vivenciando.
Até lá, se você precisar de ajuda para encontrar um
‘caminho diferente da manada’ e superar a crise nas
vendas e nos lucros entre em contato conosco.
Consultoria é para isso mesmo: ‘ajudar as empresas a
resolverem problemas inusitados.
< Outros
Artigos do Prof.
Faccin
|