É senso comum que nos próximos 2 ou 3
anos a comunicação com fio, em todos os níveis, será
coisa do passado e que a transmissão por banda ultra
larga e por microondas pelo sistema WiMax irá criar uma
enorme revolução nos sistemas de comunicação de alta
velocidade.
Algumas perguntas que as empresas de segurança poderiam
fazer são:
- Como essas e outras novas
tecnologias irão impactar o mercado?
- Como elas irão alterar o
segmento da segurança?
- Como essa revolução irá mudar o
comportamento das pessoas, e que novas necessidades
surgirão e que ainda não estão satisfeitas por ninguém?
Mais algumas perguntas que as
empresas de segurança poderiam fazer são:
- Que novas oportunidades
essas novas tecnologias de miniaturização e de
comunicação ultra velozes e eficientes irão trazer
para as empresas de segurança?
- O que será possível fazer
de diferente e que ninguém ainda está fazendo e que
será relevante para o mercado a um preço compatível?
Adaptar-se à
realidade
Em mercados onde a mão-de-obra é abundante e barata,
como na China e em outros países asiáticos, as empresas
se utilizam intensivamente da mão-de-obra.
Quando a mão-de-obra se torna escassa e cara, como nos
Estados Unidos e na Europa, as empresas a substituem por
máquinas.
Foi assim no Brasil até há uns 30 anos atrás. A fábrica
da Volkswagem de São Bernardo do Campo, por exemplo,
chegou a empregar uns 40.000 trabalhadores. Hoje tem
algo em torno de 7.000.
A pressão sindical por melhores salários e melhores
condições de trabalho, obrigou as indústrias de ponta a
substituírem trabalhadores por máquinas e robôs.
A atividade precípua de uma empresa de vigilância é
vigiar e controlar o acesso de pessoas. Até poucos anos
atrás isso só podia ser feito com a presença no local de
um vigilante orgânico.
Hoje, em muitas situações, se pode fazer isso com
sistemas eletrônicos de vídeo e controle de acesso
remotos.
Assim, diante dos fatos, não se pode querer tapar o sol
com a peneira e fazer de conta que não está acontecendo
nada, porque está.
E o que está acontecendo, gostemos ou não, e sim ou sim,
irá mudar radicalmente a forma de operar das empresas de
segurança e fornecedoras de mão-de-obra terceirizada no
futuro imediato.
De um lado, o alto custo dos salários e seus encargos
sociais, associados a escassez de mão-de-obra
qualificada no Brasil está inviabilizando a atividade da
segurança orgânica e do fornecimento de mão-de-obra
terceirizada em geral.
Por outro lado, a tecnologia está se tornando amplamente
disponível para substituí-la.
A realidade é que as empresas estão hoje vendendo uma
mercadoria cuja matéria-prima é inexistente ou muito
rara e cara. E o que é pior: sem um lucro compatível com
o risco que correm.
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